Estudo
Projeto de pesquisa da UFMT aguarda financiadores para comercialização de pacu enlatado
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O pacu enlatado – que faz parte de uma pesquisa desenvolvida pelo professor de tecnologia de alimentos e nutrição da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Paulo Afonso Rossignoli, – com alunos do campus de Cuiabá, está à espera de financiadores para a comercialização.
Para a comercialização do produto, é preciso de um frigorífico específico e isso, segundo o pesquisador está prejudicando a comercialização do produto.
Criado com o objetivo de agregar valor e incentivar a produção de peixes de água doce, o produto viria como um forte concorrente da famosa sardinha enlatada. Uma lata de 135 gramas de pacu enlatado custaria em torno de R$ 3 ou R$ 4.
Apesar do nome, não é apenas o pacu que é utilizado. Paulo conta que já foram realizados testes com praticamente todas as espécies de peixes do Pantanal. Tratam-se de peixes de baixo custo e vendidos a preços acessíveis, que podem ser adquiridos dos pequenos produtores e pescadores.
Entre as espécies o professor citou o piau, a piranha, o pacu e a piraputanga, sendo que a piraputanga é o experimento mais saboroso já produzido.
O processo de fabricação consiste em três etapas. Coloca-se o pescado na lata e se faz a exaustão, o produto é aquecido dentro do recipiente e depois, lacrado na recravadeira. Em seguida, o produto lacrado é aquecido novamente, na temperatura mínima de 80ºC na autoclave.
Por último, o produto fica em descanso, durante 15 dias, para análise eventual possível defeito ou inconsistência. Após esse processo e se não houver defeitos na produção ou inconsistência no produto, ele pode ser consumido.
O “pacu enlatado” é fruto do projeto “Apertização de Pescado do Pantanal Mato-grossense”, pesquisa que já existe há mais de 20 anos e visa, principalmente, a investigação do potencial econômico da piscicultura.
No Brasil, a biodiversidade dos peixes de água doce é considerada a maior do mundo, levando em conta que o país também tem o maior número de peixes nessas condições.
Em Mato Grosso, esse mercado só cresce. Em 2017, o estado movimentou R$ 256,582 milhões na produção de peixes, estima o IBGE na Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM).
Para quem possui problemas de hipertensão arterial, os peixes de rios e lagos são a melhor opção, pois oferecem menor concentração de sais além de inúmeros outros nutrientes que atuam diretamente no organismo, acelerando o metabolismo, reduzindo o risco de doenças crônicas, prevenindo vários tipos de câncer e fortalecer o sistema imunológico.