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PROGRAMA A VOZ DO POVO: Luiz Claudio falou sobre os prejuízos das queimadas, e conseqüências das falas fora da realidade sobre a Amazônia do Governo Federal


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O Programa a Voz do Povo, apresentado pelo jornalista, advogado e diretor do Rondonoticias Arimar de Souza Sá, que vai ao ar ao vivo de segunda-feira à sexta-feira do meio-dia às 13 horas em Porto Velho pela Rádio Caiari 103,1, e pela Antena FM em Rede Estadual, recebeu nessa quarta-feira (28), o secretário da Agricultura de Porto Velho Luiz Claudio Pereira.

O entrevistado, que também foi deputado estadual e federal, e secretário estadual de Agricultura de Rondônia, falou sobre Luiz Claudio falou sobre as conseqüências de discursos com falta de conhecimento sobre a Amazônia, e prejuízos das queimadas na agricultura. Confira!.

Luiz Claudio foi realista, disse que as queimadas aconteceram, e continuam acontecendo, e ninguém pode negar. Lembrou, porém, que todos os anos, elas ocorrem às margens das BR´s, Rodovias, áreas com capoeira, e são provocadas ou por bitucas de cigarro jogadas por pessoas que trafegam pelos trechos, ou de forma ainda mais intencional.

Assim como o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Rondônia (Faperon) Helio Dias afirmou no programa do dia anterior, Luiz Claudio também concordou que faltou uma campanha mais intensa de conscientização e prevenção por partes dos órgãos responsáveis viria a calhar antes do período de estiagem.

“Uma campanha é muito importante, faltou uma ação preventiva por parte dos órgãos federais que trabalham na prevenção e conscientização das queimadas”, reforçou.

Prejuízos

No programa, o secretário esclareceu que a queimada, diferente do que muitos acreditam, não ajuda em nada o solo, pois conforme explicou, queima matéria orgânica, mata micro nutrientes importantes para lavoura e consequentemente, prejudica a produção. “É um equívoco pensar que é mais fácil queimar e depois gradear. Só prejudica o solo”, complementou.

Além do solo, Luiz Claudio lembrou também que as queimadas prejudicam a saúde da população, principalmente com problemas respiratórios.

Entre as áreas que mais registraram queimadas no entorno da capital, ele mencionou a 319, no Setor Humaitá, que fica na divisa com o período urbano de Porto Velho foi uma das que mais registraram queimadas.

Quebra de acordo com o Mercosul e boicote da carne

No A Voz do Povo, o secretário relatou também que anteriormente, o maior problema de Rondônia era sanitário, mas em 2003, o estado ficou livre da febre aftosa com vacinação, e o mercado de exportação para carne bovina foi aberto.

Agora, observou, o problema é ambiental “portanto, todos os órgãos ambientais, classes produtoras e representantes políticos têm de ter muito cuidado no discurso”, disse, criticando o ministro do meio ambiente Ricardo Salles e a ministra da Agricultura Tereza Cristina por terem orientado mal o presidente Bolsonaro por desconhecimento sobre a Amazônia, o que acabou resultando por parte do presidente, um discurso totalmente fora da realidade.

Os incêndios acontecem todos os anos? Sim! Mas não podemos fazer com que o produtor, os invasores ou os grileiros achem que isso é natural e estimulá-los a entrarem em terras indígenas e de conservação. Tudo isso pode prejudicar também um negócio importante, que é o da carne bovina. Na adianta apenas dizer: ‘A Amazônia é nossa’, precisamos vender nossos produtos para outros países, portanto, tem de se ter muito cuidado”, reforçou, lembrando que, quando foi deputado federal, foram feitos acordos com o Mercosul com compromisso de preservar as florestas e se estes são quebrados, um boicote na carne de boi da Amazônia Legal é previsível. “Alertei há dois meses sobre isso em matérias divulgadas à imprensa e outras várias vezes”, retomou, acrescentando que agora, a região amazônica terá um trabalho “danado” para reconstruir a imagem.

No programa Luiz Claudio também falou sobre regras de mercados sobre responsabilidade ambiental previstas na Legislação Ambiental, Código Florestal, subsídios da agricultura, e outros assuntos de interesse de todos, e convidou os ouvintes para participar nesta quinta-feira (29) do Dia Especial Colheita do Inhame, que acontece a partir das 8h30 na linha 67, km 08, na BR 364, sentido Rio Pardo, sítio Três Irmãos, em frente a Igreja Batista Ebenezer, na propriedade de Lúcio Teixeira.

Assiata na íntegra a entrevista

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