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Profissionais de Porto Velho falam do amor à profissão e da luta para salvar vidas


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Vencer a covid-19 foi a maior conquista relatada por profissionais

Histórias de lutas, entrega, amor ao próximo, de alegrias pelos pacientes que se recuperam, mas também de profunda tristeza pelas vidas que se vão. Esse é o dia a dia dos enfermeiros, profissionais tão essenciais, e cujo valor ficou muito mais evidente por lutarem corajosamente na linha de frente contra a covid-19.

Um desses personagens é Drucila de Sá Soares, lotada na Unidade Municipal de Saúde Nova Floresta, zona Sul de Porto Velho. Com 20 anos de carreira, ela já trabalhou nas UPAs Leste e Sul e em diversas outras unidades da capital e nos distritos da BR-364 e no baixo Madeira.

Sobre os motivos para comemorar o Dia Internacional do Enfermeiro, celebrado anualmente em 12 de maio, Drucila destaca a vitória sobre a covid-19 como a maior conquista e a aprovação do piso salarial nacional da categoria, que aconteceu recentemente na Câmara Federal.

”A gente está vivendo um momento importante de conquistas, depois de muito tempo. Vejo que estamos indo por um caminho onde, talvez, conquistemos a valorização que tanto almejamos”, observou.

Servidora destaca a vitória sobre a covid-19 como uma das grandes conquistas Servidora destaca a vitória sobre a covid-19 como uma das grandes conquistas

Ela conta que escolheu a profissão por vocação e por amor, e que sua maior alegria é trabalhar para a satisfação dos pacientes. “O que é relevante para eles nos dá satisfação também”, comentou.

Um dos momentos marcantes em sua trajetória foi realizar um parto no distrito de São Carlos, no baixo Madeira, com as mínimas condições de trabalho. “Deu tudo certo, conseguimos acompanhar a mãe e o bebê posteriormente, e recebemos muita gratidão da parte dela”, recordou.

Como mensagem de vida ela destacou: “que a categoria continue realizando um bom trabalho e salvando vidas. A gente é importante e relevante para a população. Que continuemos enxergando isso e cumprindo com o nosso papel de salvar vidas”, enfatizou.

DESAFIOS

Formada há quatro anos, dos quais um ano e meio trabalhando no auge da pandemia, a enfermeira Thays Lopes, da Divisão de Imunização da Secretaria Municipal de Saúde (Semusa), conta que após pouco tempo atuando no setor administrativo, foi designada para atuar na equipe de vacinação. Apesar do medo, o desejo de salvar vidas foi maior.

Profissionais da enfermagem foram essenciais durante a crise sanitária Profissionais da enfermagem foram essenciais durante a crise sanitária

“As pessoas tinham medo, mas ao mesmo tempo uma vontade imensa de se vacinar. A gente via que era uma dose de reforço não para o corpo, mas de esperança. Era um motivo a mais para seguir em frente, porque perdemos muitos colegas de profissão. A vacinação trouxe a fé de dias melhores, como a gente se encontra hoje”, comentou.

Um dos momentos mais marcantes foi vacinar uma senhora de 98 anos, que contraiu a doença junto com um casal de filhos e uma neta. Todos foram entubados e só a idosa sobreviveu, junto com um bisneto de 3 anos de idade.

“Esses momentos fazem a gente repensar o que estamos fazendo da nossa vida. Será que estou sendo uma boa profissional? Será que estou atendendo as pessoas como eu gostaria que meu pai e minha mãe fossem atendidos?”, ponderou.

Diante dos desafios enfrentados, Thays deixa uma mensagem. “Que tenhamos mais amor ao próximo, a gente tem que se colocar no lugar daqueles que perderam seus entes queridos”.

Texto: Augusto Soares
Foto: Saul Ribeiro

Superintendência Municipal de Comunicação (SMC)

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