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Mato Grosso

Produtor rural foi morto por reatar com esposa; mandante era ex


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A Polícia Civil de Campo Novo do Parecis concluiu o inquérito que apurou o homicídio do produtor rural Jeferson Mariussi, de 36 anos, nesta segunda-feira (29). Ele foi assassinado a tiros na frente da esposa, no dia 27 de outubro, quando chegava em casa.

O mandante do crime era o ex-marido da atual esposa dele e a morte, de acordo com as investigações, teria sido motivada porque a vítima reatou o relacionamento com a mulher. Os dois teriam tido um longo relacionamento no passado.

O mandante do crime foi indiciado por homicídio qualificado e os executores por homicídio qualificado e porte ilegal de arma de fogo de uso proibido.

Os quatro envolvidos no homicídio permanecem presos. O inquérito foi remetido ao Poder Judiciário na segunda-feira (29), quando foram cumpridos os mandados de prisão preventiva contra os criminosos.

Dinâmica do crime

No dia do crime, Jeferson desceu do seu veículo e foi alvejado pelos disparos de dentro de um Pálio, onde estavam os três homens identificados como executores do homicídio.

Assim que cometeram o crime, o trio fugiu em direção a Tangará da Serra e foi interceptado por militares da Força Tática do município, depois da comunicação do crime.

Com eles foram apreendidas duas armas de fogo, uma pistola e um revólver e outros materiais utilizados na empreitada criminosa.

Durante a abordagem, os três afirmaram que o homem de 34 anos teria sido o mentor e executor do crime de homicídio.

Investigação

A investigação foi conduzida pela Delegacia do Município e identificou que o mandante do crime contratou um dos executores, de 33 anos. Ele aproveitou que o homem prestava serviços de vigilante e segurança, além de ser um conhecido.

Teria sido, segundo a Polícia Civil, esse primeiro homem contratado que recrutou os outros dois executores, de 26 e 30 anos, para planejar a morte da vítima.

O mandante teria feito transferências bancárias de aproximadamente de R$ 25 mil, para um dos executores.

Os investigadores reuniram informações que demonstram que os executores estiveram em Campo Novo do Parecis em pelo menos duas ocasiões nos dias antecedentes ao crime. Em uma delas o trio foi até a propriedade da família da vítima para oferecer serviços de segurança. Assim como o mandante esteve em Tangará da Serra, mantendo contato com dois dos envolvidos na execução.

O dia da execução

No dia do crime o mandante deixou seu veículo, uma camionete, na casa do cunhado de um dos executores, de quem haviam alugado o Pálio usado no homicídio, e seguiu para Campo Novo do Parecis. Depois, um dos executores buscou a camionete do mandante e a levou até Campo Novo.

A vítima e sua mulher estavam em Tangará da Serra e seguiram em carros diferentes até Campo Novo do Parecis, indo primeiramente à casa de um familiar de Jeferson. Os policiais civis apuraram que o veículo com os executores já estava vigiando a vítima e quando Jeferson saiu do local, eles seguiram logo atrás.

Depois que a vítima e sua mulher chegaram na residência que iriam comprar, ela entrou com o veículo na garagem e ele estacionou na rua. Em seguida, surgiu em alta velocidade o veículo com os criminosos, que se aproximaram da vítima e efetuaram vários disparos de arma de fogo. Jeferson ainda tentou correr, mas os executores o alcançaram e fizeram outros disparos e fugiram na sequência.

Enquanto o trio fugia em direção a Tangará da Serra, o mandante do crime foi para a cidade de Sapezal, na tentativa de assegurar um álibi. Posteriormente, ele voltou a Campo Novo do Parecis e procurou uma companhia da Polícia Militar, após o trio ser preso em Tangará da Serra e afirmado que ele seria o mandante do crime.

O delegado Honório Gonçalves Neto, responsável pelo inquérito, destaca que toda a dinâmica do crime, desde os movimentos do mandante e dos executores, até a execução de Jeferson Mariussi, está comprovada em depoimentos de testemunhas, materiais coletados nos locais, perícias, assim como outras informações que atestam que os quatro estiveram nos locais e horários apontados na investigação.

No decorrer da apuração do crime, o delegado representou pela prisão temporária dos quatro e na conclusão do inquérito foi decretada a prisão preventiva, cumprida nesta segunda-feira.

Midianews.com.br

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