Agronegócios
Produção agrícola argentina deve aumentar
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Um relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) projetou um aumento na produção agrícola da Argentina para a próxima safra. A avaliação aponta uma recuperação do setor após a seca que atingiu o país na safra 2017/2018.
A soja foi a principal cultura que sofreu com a estiagem e as altas temperaturas da última safra, contudo, é o produto que mais tende a crescer para o próximo ano. Os dados do USDA apontaram um crescimento de 3% na área plantada da oleaginosa, totalizando 19 milhões de hectares, além disso, a produção do grão deve voltar a bater a casa das três toneladas por hectare, ou seja, 57 milhões de toneladas, nível considerado médio pelos especialistas.
Outro cultivo que ganhou mais espaço para produção foi o girassol, a área da planta para 2018/2019 deverá ser de 1,75 milhões de hectares, um crescimento de 1% se comparado com a safra anterior. De acordo com o Departamento, o ganho de área é atenuado pela falta de preços mais lucrativos e concorrência da Ucrânia e da Rússia, porém, a tendência é que continue crescendo, mesmo que devagar. A produção deve aumentar também em 1%, visto que o girassol foi pouco afetado pela estiagem, registrando uma média de 1,5 toneladas por hectares nas regiões mais secas e 2,4 nas áreas com maior precipitação, um total de 3,4 milhões de toneladas para a próxima colheita.
Na contramão, o relatório indica que a produção de amendoim deve permanecer estagnada em 880 mil toneladas, um declínio de 30% nas previsões da época de plantio. Isso decorre, além da seca, devido à incidência de pragas, principalmente ácaros, que prejudicaram as regiões mais produtivas da planta. Apesar disso, a grande procura da União Europeia para comprar o produto argentino com a finalidade de uso em confeitaria está aumentando a confiança dos produtores que devem investir mais em processamento do que na própria venda do grão.