Rondônia
Prioridade para o gestor da Sesau é construir um novo Hospital e Pronto Socorro João Paulo II
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Formado em Medicina, com cinco pós-graduações em Cirurgia Geral, Bioética, Medicina do Trabalho, Segurança Pública e Direitos Humanos e ainda um MBA em Gestão, pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), o novo secretário estadual de Saúde (Sesau), Fernando Máximo, diz que a prioridade é a construção de um novo prédio para instalar o Hospital e Pronto Socorro João Paulo II (JPII).
Como médico legista, preceptor da residência de cirurgia, professor universitário, e a experiência de nove anos atendendo no JPII, Máximo afirma ser inadmissível que uma unidade com 140 leitos continue atendendo sem estrutura para tal, com corredores abarrotados.
“Hoje nós temos 900 pacientes do João Paulo II espalhados pela cidade, inclusive com pessoas internadas tomando sol e chuva em alas improvisadas, a maioria fraturadas. É um problema crônico. Tem 100 pacientes do João Paulo internados no Hospital Santa Marcelina, outros 200 no Hospital de Base – e atrapalha o atendimento normal do Base e realização de cirurgias, porque estão ocupando os leitos daquela unidade, mais 270 no Samd – que faz o atendimento domiciliar, 36 estão no Panamericano – com o estado custeando isso, e mais 33 na AMI, que é a UTI apêndice do Hospital João Paulo”, declara.
“Estamos organizando as parcerias, já conversei com vários secretários de Saúde do interior, de Porto Velho, e estamos articulando estratégias para que possamos não só criticar, mas apoiá-los. Já temos planejamento completo para isso”
Apesar da prioridade, o secretário considera que a saúde no Estado não pode parar, e as demais unidades hospitalares também precisam de atenção especial. “Temos o HB, os laboratórios, hospitais regionais do interior, o complexo de Cacoal, e não temos orçamento nenhum deixado para essa construção. Existia um planejamento antigo do BNDES, mas pelo fato da obra ter sido embargada e ter ficado parada, com toda essa morosidade o investimento foi suspenso”. O local escolhido para o novo hospital é um terreno ao lado do Hospital Infantil Cosme e Damião, em Porto Velho, e Máximo diz que para tanto a captação de parcerias e recursos é um dos focos.
O apoio aos municípios é outra questão relevante para o secretário. “Precisamos fortalecer o atendimento e cirurgias no interior para desafogar o JPII, inclusive da Prefeitura da capital, para que não aumente o número de pacientes no Hospital João Paulo, Cosme e Damião e Cemetron, atendimentos que deveriam ser realizados pelo município. Estamos organizando as parcerias, já conversei com vários secretários de Saúde do interior, de Porto Velho, e estamos articulando estratégias para que possamos não só criticar, mas apoiá-los. Já temos planejamento completo para isso”, revela.
CONSULTORIA
Segundo Fernando Máximo, o planejamento realizado durante o período de transição do governo não foi colocado em prática ainda devido à espera de uma consultoria sem ônus por parte de uma equipe do Hospital Sírio Libanês. “Em uma das nossas visitas a Brasília, eu fui ao Quartel General do Exército e consegui parcerias importantíssimas quanto aos projetos, licitações e fiscalização de obras, e no Ministério da Saúde consegui essa assessoria com Sírio Libanês. O ministro Luiz Henrique Mandetta nos atendeu, e depois tivemos reunião com os secretários do Ministério”.
O secretário espera que nos próximos dias a equipe de médicos, engenheiros de produção e enfermeiros do Sírio Libanês estejam em Porto Velho com a intenção de ajudar com ideias de como desafogar o Pronto Socorro JPII. “Não aplicamos nosso planejamento porque pode ser que eles tenham uma ideia completamente diferente, com uma melhor opção, e não queríamos investir em uma coisa que não seja a melhor maneira de resolver o problema, mas ainda assim acredito que a grande parte do que planejamos será acatado pela consultoria”.
Máximo garante que a Sesau está trabalhando diuturnamente, e que está atendendo de segunda a sexta-feira das 7h30 até às 20 horas no gabinete, além de visitar as unidades hospitalares do estado, como já foi a Cacoal no sábado (12) e ao HB Oswaldo Cruz, no domingo (13). “Nosso relacionamento com os órgãos de controle está muito bom, atendendo às orientações, corrigindo situações pendentes, fazendo auditorias. Claro que a demanda de ordens judiciais e órgãos de controle são grandes e tomam muita energia, mas são necessárias, e temos tentado seguir à risca todas as cobranças e orientações”, concluiu.