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Principais sintomas de DST na mulher e o que fazer
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DSTs são doenças transmitidas através da típica troca de fluidos e o contato íntimo durante as relações sexuais. Por essa razão, elas recebem o nome de doenças sexualmente transmissíveis — o que explica a recomendação generalizada para que o ato sexual seja praticado exclusivamente com camisinha — independentemente da circunstância.
Os principais sintomas de DST apresentados pela mulher são corrimento vaginal (grosso ou fino, branco leitoso, amarelo ou esverdeado) coceira, bolhas na região genital, ardência e dor ao urinar.
A DST é uma infecção causada por vírus, fungos ou bactérias. Uma vez que a condição médica esteja desenvolvida, o corpo da mulher começa a exibir alguns sinais, como:
- corrimento vaginal com textura, aspecto e odor irregulares;
- sensação de ardor;
- aparecimento de micro lesões na região íntima.
Imediatamente após o surgimento desses indícios, a paciente precisa ser examinada em consultório ginecológico. Afinal, esses sintomas estão intimamente relacionados a alguns processos infecciosos — a gonorreia, a tricomoníase, e a clamídia são alguns exemplos.
Geralmente, há um intervalo entre o término da relação sexual e a manifestação desses sintomas. Esse período depende das características de atuação de cada agente infeccioso e pode se estender até 1 mês após essa relação.
Depois de realizados os exames para diagnosticar o micro-organismo causador, o médico prescreve o tratamento mais eficaz para aquele caso. A depender do vírus, fungo ou bactéria, a tratamento será baseado na adoção de remédios com ação fungicida, antiviral ou antibiótica.
É importante lembrar também que, nem sempre os sinais mencionados anteriormente provêm de uma doença sexualmente transmissível. Existem infecções que são causadas pelo desequilíbrio dos micro-organismos que habitam a microbiota vaginal. Logo, em vez de uma DST a mulher pode estar com uma “simples” candidíase.
Para facilitar a compreensão, na sequência falaremos um pouco sobre cada um desses sintomas, e a possível ligação entre eles e a DST na mulher.
1. Ardência ou coceira na vagina
A mulher infectada com uma DST fica propensa a sentir dores, coceira e ardência na região vaginal. O processo infeccioso geralmente desenvolve lesões internas, que provocam irritação na pele, resultando na coceira persistente. A coloração da área afetada também fica com um tom mais avermelhado. Conforme o contato da urina com a região, as condições da área podem ficar ainda piores.
Causas: Algumas patologias que respondem por esse conjunto sintomático incluem:
- gonorreia;
- herpes genital;
- papiloma vírus humano — o HPV;
- clamídia;
- tricomoníase.
Em alguns quadros, a presença de irritação, ardência e coceira é um reflexo de dermatites ou crises alérgicas. Somente após a realização de exames é possível definir a origem exata do problema.
2. Corrimento vaginal
Quando é infectada por uma doença sexualmente transmissível, a mulher costuma liberar corrimentos estranhos. As cores variam entre tons amarronzados, verdes ou amarelos. Também é comum que essa secreção atípica seja seguida de um cheiro bem desagradável. A sensação de ardor é outra consequência.
É importante lembrar que o corrimento normal do organismo feminino exibe um aspecto translúcido e livre de qualquer odor. Além disso, o mais esperado é que esse corrimento anteceda o início do clico menstrual em aproximadamente 7 dias.
Causas: Esse corrimento incomum costuma estar ligado a algumas a doenças como:
- gonorreia;
- clamídia;
- candidíase;
- vaginose bacteriana;
- tricomoníase.
As propriedades do corrimento irregular também oscilam de uma infecção para outra. No caso da gonorreia (para citar uma DST bem conhecida), a secreção problemática costuma ganhar um tom mais escuro e amarronzado.
No que diz respeito à candidíase, trata-se de uma infecção provocada pelo excesso populacional do fungo Candida albicans na vagina. Contribui para isso a manutenção de péssimos hábitos de higiene, além do excesso de lavagem da região vaginal. Tudo isso culmina na alteração da taxa de pH local, o que pode levar à candidíase. Dúvidas sobre como lavar corretamente a vagina devem ser tiradas neste artigo e junto do ginecologista.
3. Dor durante o contato íntimo
Existem muitas razões para que as mulheres relatem dores durante um ato sexual. Assim como outras infecções, as DSTs causam lesões na mucosa vaginal, além de deixá-la inflamada. Com isso, a penetração do pênis provoca uma dor inevitável.
Como as origens do transtorno são diversas, trata-se de mais um caso que merece a atenção minuciosa de um médico especialista. Em alguns casos, há registros de dores seguidas da liberação de secreções fétidas. Contudo, são exceções.
Causas: As possíveis origens são:
- sífilis;
- donovanose;
- gonorreia;
- herpes genital;
- candidíase;
- clamídia.
Vale ainda mencionar outras possíveis causas, como o vaginismo, caracterizado pela contração da musculatura da vagina, o que impede a penetração do pênis. As oscilações hormonais causam um déficit na lubrificação natural da vagina, o que também provoca dores durante a relação sexual.
4. Mau cheiro
Assim como a dor, o mau cheiro da vagina nunca deve ser considerado como algo comum e que, portanto, não mereça atenção. Existe sempre uma razão para a existência desse odor incômodo e desagradável.
Causas: Normalmente, o cheiro ruim está associado à presença de alguma bactéria. Desse modo, a vaginose bacteriana é a DST mais emblemática desse tipo de sintoma. Nestes casos o odor lembra o cheiro exalado por peixes em fase de decomposição.
5. Feridas no órgão genital
As DSTs também costumam desenvolver a formação de lesões, úlceras ou verrugas genitais no órgão genital afetado. Alguns desses ferimentos podem até ser visualizados, pois ficam próximos à vulva. No entanto, a maioria fica fora do campo visual da mulher, oculta em locais mais interiores da vagina e até mesmo no colo do útero.
Outro detalhe é a característica assintomática dessas feridas. O que é preocupante, pois a demora na suspeita do problema pode gerar complicações graves, como o desenvolvimento de um tumor maligno no colo uterino. Portanto, mais do que nunca a mulher precisa criar o hábito de se submeter a consultas ginecológicas periódicas — pelo menos 2 vezes por ano.
Causas: As doenças normalmente relacionadas a estas feridas são:
- donovanose;
- sífilis;
- cancro venéreo (cancro mole).
- herpes genital
- no caso da presença de verrugas, geralmente são originadas pelo vírus HPV.
6. Dor no baixo ventre
Caso a mulher sinta uma dor na região inferior do abdômen, ela pode estar com uma doença sexualmente transmissível. Isso porque esse tipo de infecção não se limita às regiões uterina e vaginal. Se o quadro progredir, os micro-organismos podem se alastrar para as tubas uterinas e alcançar a área ocupada pelos ovários. O resultado desse avanço pode ser o início de uma endometrite, uma lesão que atinge o endométrio.
Causas: Essa dor pode ser ocasionada por:
- herpes genital
- tricomoníase;
- clamídia;
- vaginose bacteriana;
- gonorreia
- mycoplasmas.
Outros sintomas
Existem, evidentemente, doenças sexualmente transmissíveis que não apresentam sintomas na região genital. O melhor exemplo é o HIV, o vírus da AIDS. Esse micro-organismo costuma gerar sintomas generalizados, como:
- febre persistente;
- cefaleia;
- indisposição física para fazer qualquer atividade.
A hepatite é outro exemplo, responsável por provocar, além dos sintomas da AIDS citados há pouco:
- dores nas regiões articulatórias;
- erupções cutâneas.
Qualquer uma destas patologias evolui silenciosamente. Quando os sintomas se tornam mais evidentes, esse é um sinal de que o quadro já está bem evoluído. Logo, o risco de morte é iminente, o que justifica ainda mais a importância das visitas regulares ao consultório ginecológico.
Como as DSTs são transmitidas através da prática sexual desprotegida, a adoção do preservativo (masculino ou feminino) é a melhor forma de evitar o contágio. Caso a mulher queira experimentar o preservativo feminino, mas não saiba como usá-lo, ela deve esclarecer as dúvidas com o médico. Afinal, a colocação inadequada (de qualquer preservativo) diminui a eficácia do método contra a contaminação de uma DST.
Como tratar
A maioria das doenças classificadas como DSTs responde bem aos tratamentos disponíveis (antibióticos, antifúngicos e antivirais, disponíveis em forma de pomadas, comprimidos ou injeções). Mesmo em relação à AIDS, houve uma evolução extraordinária, permitindo que muitas pessoas possam ter uma vida relativamente normal. Porém, é preciso salientar que a cura plena não é absoluta em todos os casos de DSTs — principalmente quando se trata da hepatite, do HPV e do HIV.
O ponto mais importante é a busca imediata por tratamento, assim que surgirem os primeiros sintomas de DST. Por fim, o parceiro sexual da mulher é orientado a efetuar a terapia conjuntamente com ela. O objetivo é diminuir a probabilidade de reincidência da infecção tratada.