Primeira morte por Covid no Brasil completa 5 anos; número de casos é o menor desde 2020 – Jornal O NORTÃO
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Primeira morte por Covid no Brasil completa 5 anos; número de casos é o menor desde 2020


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Brasil teve quase 40 milhões de casos da doença e 715.295 mortes entre 2020 e 2025, segundo o Ministério da Saúde

Há cinco anos, o Brasil registrava a primeira morte por Covid-19. Em 12 de março de 2020, uma mulher de 57 anos morreu após complicações da doença no Hospital Municipal Dr Carmino Caricchio, em São Paulo. Inicialmente, acreditava-se que a primeira morte havia ocorrido no dia 16 de março, mas a informação foi posteriormente corrigida após a realização de exames laboratórias.

A morte ocorreu pouco mais de dois meses depois da OMS (Organização Mundial de Saúde) declarar o surto do novo coronavírus como emergência de saúde pública de importância internacional — o mais alto nível de alerta da Organização — e um dia após ter sido declarada uma pandemia.

Dias depois, em 15 de março, o país registrou a segunda morte. Dali para a frente, os números começaram a subir. Em 2021, o Brasil chegou ao período mais mortal da Covid, quando registrou mais de 400 mil mortes no ano. O índice deu margem para que o país fosse responsável por 10% do total de mortes registradas pela OMS.

Até a última atualização do Ministério da Saúde, feita nesta sexta-feira (7), o Brasil teve quase 40 milhões de casos da doença e 715.295 mortes entre 2020 e 2025, uma média de 143 mil óbitos por ano. Segundo a pasta, desde o primeiro caso da Covid, 2024 foi o ano que teve o menor número de casos e mortes, uma redução de 54,1% em comparação com 2023.

“Em 2024, as secretarias estaduais de saúde notificaram 862.680 casos, uma redução de 54,1% em comparação com 2023, quando foram notificados 1.879.583 casos; e de 93,8% em comparação com 2022 (14.043.760 casos notificados)”, informou.

Repatriação de brasileiros

Em Wuhan, na China, epicentro da Covid-19, os casos da doença começaram a chamar atenção do mundo ainda em dezembro, pouco mais de três meses antes de se tornar uma pandemia. Em meio à escalada dos casos no país, o governo brasileiro trabalhou em uma estratégia para repatriar os brasileiros que estavam no país.

Entre eles, Vitor Siqueira, na época com 28 anos, havia ido à China fazer um mestrado em uma universidade de Wuhan, mas precisou interromper o estudo. Ao R7, o jovem conta que não imaginava a gravidade da doença e afirma que acabou voltando por pressão de familiares e amigos.

Em fevereiro de 2020, a FAB (Força Aérea Brasileira) fez a repatriação dos brasileiros que estavam no local. Na missão, foram resgatados 34 brasileiros, que precisaram ficar em quarentena com outros 24 integrantes da equipe de apoio.

Segundo Siqueira, comparado a quarentena de outros países, ele não teve problemas durante o período de isolamento e todo o grupo foi bem tratado pelos militares. Ao decidir voltar para o Brasil, o jovem conta que não imaginava a gravidade da situação e ao nível que chegaria.

“Foi muito bom, sobretudo comparando com colegas meus que vieram a quarentena em outros países, como na Indonésia e na Turquia. Por exemplo, um amigo meu ficou duas semanas dentro de um quarto. Trancado no quarto como se fosse na prisão. Eles davam comida dentro e tudo. Lá na Indonésia, eles foram para uma ilha militar e tinham que fazer o dia-a-dia militar, acordar 5 da manhã, correr, fazer exercícios”, comentou.

Apesar do ocorrido, Siqueira conta que pretende voltar a China. “Voltei ano passado, por um período bem curto de tempo, por duas semanas, para participar de um treinamento. Eu espero, esse ano ainda, poder ir para lá, para qualquer oportunidade, seja trabalho, estudo. Não tenho nada planejado, mas estou disposto”, completa.

Vacinação

O Brasil já aplicou quase 560 milhões de doses de vacina contra a Covid-19 desde 2021, quando o imunizante começou a ser disponibilizado.

Foram 552,6 milhões de doses da vacina monovalente (desenvolvida para combater uma única cepa ou variante da doença), considerando a primeira, segunda e todas as doses de reforço.

Além disso, foram aplicadas 36,8 milhões de doses da vacina bivalente (que protege contra duas variantes diferentes).

Em relação à população indígena, composta por 707.739 pessoas, quase 1,5 milhão de doses foram aplicadas. Assim, 89% dos indígenas estão vacinados com a primeira dose, e 78% com a segunda ou a dose única. O reforço, que foi aplicado na população menor de 18 anos, atingiu 43% desse público.

Mudanças no Calendário de Vacinação

Em dezembro de 2024, o Ministério da Saúde anunciou a inclusão da vacina contra a Covid-19 no Calendário Nacional de Vacinação para gestantes e idosos com 60 anos ou mais, além do início da distribuição da vacina da Zalika Farmacêutica no PNI (Programa Nacional de Imunizações) e a definição de um esquema vacinal específico para crianças de seis meses a menores de 5 anos com a vacina da Pfizer.

Principais alterações

  • Gestantes e idosos: as gestantes deverão receber uma dose a cada gestação, enquanto os idosos serão imunizados a cada seis meses.
  • Grupos especiais: a vacinação para grupos prioritários a partir de 5 anos será realizada periodicamente em qualquer sala de vacinação. Imunocomprometidos receberão doses a cada seis meses, e os demais grupos — como indígenas, quilombolas, puérperas (mulheres que estão no período pós-parto), trabalhadores da saúde, pessoas com deficiência permanente, comorbidades ou em situação de vulnerabilidade — serão vacinados anualmente.

Vacinas Disponíveis

  • Vacina da Zalika Farmacêutica: recentemente incorporada ao PNI, a vacina da Zalika demonstrou alta eficácia contra casos sintomáticos de Covid-19 em adultos, em estudos de fase 3. Ela oferece vantagens logísticas, como maior prazo de validade e possibilidade de armazenamento entre 2°C e 8°C. O imunizante será utilizado para pessoas com 12 anos ou mais, conforme aprovação da Anvisa.
  • Vacina da Pfizer para crianças: crianças de 6 meses a menores de 5 anos receberão três doses da vacina de RNA mensageiro, com intervalos de quatro semanas entre a primeira e a segunda dose, e de oito semanas entre a segunda e a terceira dose.
  • Vacina da Moderna para crianças: para as crianças que já iniciaram o esquema vacinal com a vacina da Moderna, a recomendação é concluir o esquema de duas doses com o mesmo imunizante, respeitando o intervalo de quatro semanas entre as doses.

Importância da Vacinação

De acordo com Eder Gatti, diretor do DPNI (Departamento do Programa Nacional de Imunizações), a atualização reforça o compromisso do Ministério da Saúde com a proteção da população brasileira.

“A doença continua causando perda de vidas na população brasileira, além de consequências graves, como a síndrome inflamatória multissistêmica e as condições pós-Covid. Por isso, é fundamental que a população elegível mantenha a vacinação em dia,” afirmou o diretor.

As novas estratégias visam garantir maior alcance e eficácia na imunização, reforçando a luta contra a Covid-19 em todas as faixas etárias e grupos prioritários.

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