Cuiabá-MT
Primeira-dama diz que prefeito é popular e trabalha para deixar legado para Cuiabá
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Paranaense de Santa Izabel do Oeste, Márcia Pinheiro, primeira-dama de Cuiabá, se entregou ao voluntariado desde os primeiros dias em que Emanuel Pinheiro, com quem está casada há 25 anos, se tornou prefeito. Ela conduz ações sociais paralelas às demandas da secretaria de Assistência Social e Desenvolvimento Humano e é enfática ao assegurar que não existe conflito entre público e privado. Márcia é uma entusiasta do projeto Aquece Cuiabá, que está sendo “copiado” por outras prefeituras. Na primeira edição, em 2017, arrecadou e distribuiu a pessoas carentes 22 mil cobertores na época do frio mais intenso. Agora, na segunda edição, espera, com ajuda do empresariado, de servidores e de outros segmentos, chegar aos 30 mil agasalhos. Destaca também o trabalho preventivo e socioeducacional junto às crianças do projeto Siminina.
Bem articulada e atenta às problemáticas administrativas da Capital, Márcia disse que o marido-prefeito tem se dedicado ao máximo para fazer jus ao que pregou na campanha, de estar mais próximo do povo e conduzir uma gestão humanizada. Entende que isso não é ser populista, mas sim popular. Nesta entrevista para o , a primeira-dama revela que o filho Emanoelzinho, de 23 anos, está disposto a concorrer a deputado federal por decisão própria e jamais por imposição dos pais. E garante que a entrada prematura do filho na carreira política nada ter a ver com o futuro político do prefeito Emanuel em 2020, quando terá de decidir de vai ou não à reeleição.
Eis, abaixo, a entrevista com a primeira-dama de Cuiabá
Rdnews – Por que Aquece Cuiabá?
Márcia Pinheiro – Cuiabá é muito quente e temos ondas de frio. E há muitas pessoas que estão em vulnerabilidade social. Esse projeto surgiu, então, da necessidade da gente ajudá-las. Daí nasceu o Aquece Cuiabá. O objetivo é arrecadar cobertores para doar a essas famílias e pessoas carentes de nossa Capital.
Como foi a primeira experiência com esse trabalho de arrecadar e doar cobertores?
No ano passado, na primeira edição, iniciamos com a meta de conseguir 5 mil cobertores e chegamos a 22 mil, graças a Deus. Fico muito feliz e agradecida a essas pessoas, empresários, amigos, servidores públicos, que doaram os cobertores para a gente fazer essa grande campanha. E, neste ano, temos meta de arrecadar 30 mil cobertores. Pelas informações da mídia, o frio será mais intenso do que foi no ano passado. Para quem quiser doar cobertor, independente da quantidade, é só entrar na página www.aquececuiaba.com.br. Lá tem todas informações, inclusive como se deve fazer a doação e os 11 locais de arrecadação, onde pode ser doado cobertor e/ou agasalho usado. Esse site direciona para lepin enxovais, de São Paulo, e aí adquire diretamente no site porque em Cuiabá, devido ao calor, não tem esse grande quantidade de cobertores para compra.
“Fico feliz porque essa campanha Aquece Cuiabá, por exemplo, está inspirando outras prefeituras e a AMM a fazer igual”
A senhora trabalha como voluntária?
Como primeira-dama e voluntária me sinto no dever e na obrigação de estar à frente dessas campanhas. A fome e o frio são problemas mundial, não somente de Cuiabá, mas nosso dever é buscar parceiros para amenizar o sofrimento dessas pessoas. Eu fico feliz porque essa campanha Aquece Cuiabá, por exemplo, está inspirando outras prefeituras e a AMM a fazer igual. E já vamos iniciar a campanha do agasalho.
O seu trabalho não choca com o da secretaria municipal de Assistência Social e Desenvolvimento Humano?
Absolutamente. É dever da secretaria também ajudar. Mas a prefeitura tem o recurso, mas não a legalidade.
Como está o Siminina, que assiste aos menores com medidas preventivas socioeducacional?
Estamos com 16 unidades. Abrimos duas no ano passado e neste ano vamos abrir mais três. A gente sabe a importância desse projeto, fazendo com que as crianças tenham reforço escolar, aprendam artes e logo vão frequentar laboratório de informática. Vamos implantar inglês básico nas unidades, inclusive com professor de inglês haitiano.
Mário Okamura/Rdnews
Márcia Pinheiro destaca ter dever, enquanto primeira-dama, de “abraçar” as causas sociais
O cuiabano é solidário?
Sim. Quando se tem credibilidade, mostrando para onde está indo aquele recurso e quando a gente instiga as pessoas, porque muitos querem ajudar, mas não sabem a quem e como doar. E estamos fazendo esse trabalho.
Como a senhora define o esposo e prefeito Emanuel Pinheiro?
Emanuel sempre foi extremamente atuante. Ele faz o que gosta, principalmente de estar no meio do povo, trabalhando para as pessoas. Na inauguração da Praça Ipiranga, por exemplo, a gente percebia a emoção, prazer e o orgulho que ele tem de ser cuiabano e de poder estar ajudando as pessoas da cidade onde ele nasceu. Inclusive, o slogan da campanha foi uma Cuiabá mais humanizada e um prefeito que gosta de gente, de cuidar das pessoas. Ele é um excelente pai e está muito empolgado com todos os projetos. Está trabalhando muito para a Cuiabá dos 300 anos e vai deixar o seu legado.
Nessa linha, o prefeito é popular ou populista?
É popular. Ele não é diferente de estando com mandato ou sem mandato. Quem o conhece e eu, que convivo com ele há 30 anos, nunca vi o Emanuel diferente. Está sempre buscando ajudar as pessoas. É comprometido com aquilo que se propôs. É determinado.
Quais os principais gargalos administrativos de Cuiabá e o que mais tira o sono do prefeito?
A máquina pública é bem diferenciada do setor privado. Ela não caminha na velocidade que deveria. Tem muita burocracia e isso emperra muitos projetos. Mas o prefeito tem buscado ser diferenciado. Tem um secretariado competente, dinâmico e que se esforça para que as ações e os projetos saiam do papel. Não é fácil. Ser Executivo é bem diferente do que o Legislativo. Na prefeitura são 18 mil funcionários, 18 secretarias. A demanda é enorme. Está na escola, na saúde, no buraco na rua, na coleta de lixo. No dia a dia se passa por muitas turbulências, mas Emanuel é homem de fé, determinado e está conseguindo ter êxito nas suas funções.
Mário Okamura/Rdnews
Primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, diz que filho Emanoelzinho tomou decisão própria de ser candidato
A senhora pode vir a compor alguma chapa como vice-governadora?
Fiquei muito feliz de ser lembrada para ser vice, mas não é o momento. Estamos nos dedicando a Cuiabá. Minha função é mais empresarial. Hoje estou primeira-dama.
E sobre o filho Emanoelzinho. Será mesmo candidato a deputado federal?
Ele se despertou para esse lado da política. Precisamos de pessoas, de jovens comprometidos e ele já tem uma formação e quer atuar na política, independente do resultado da eleição deste ano. Nós não escolhemos o que os filhos querem. A gente não impõe. Somente os orienta. E quando ele nos chamou e falou que queria ser político, até fiquei surpresa. Não imaginava porque ele estava com outro objetivo. Na campanha do pai para prefeito, em 2016, foi a que ele mais participou e se despertou. Tenho que só respeitar a vontade dele. Ele, de fato, pensa em disputar eleição, mas não é coisa completamente decidida. E vai depender exclusivamente dele. Hoje ele está fazendo duas faculdades (Gestão Pública e Ciências Políticas). Só pedi para fazer tudo bem feito, de forma comprometida e torcemos para que ele ser feliz em qualquer função.
Já é uma tentativa de transferir ao filho o espólio político dos Pinheiro ou Emanuel disputará a reeleição em 2020?
O futuro a Deus pertence. Acredito que Emanuel vá cumprir o mandato de quatro anos e não tem nada decidido sobre reeleição. Aliás, nem comentamos sobre isso. A preocupação está em cumprir bem o mandato, fazendo o melhor para as pessoas, pela cidade.