Agronegócios
Preço da soja ameaçado pelos EUA: ENTENDA
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Mercado condicionado pela expectativa de boa evolução da safra norte-americana
AGROLINK –Leonardo Gottems
As cotações do mercado de soja recuou forte novamente por pressão da colheita norte-americana, além de um clima mais favorável no Brasil. Assim como no milho, a equipe de analistas de mercado da Consultoria TF Agroeconômica aponta que o contrato de soja para novembro22 fechou em nova queda de 0,95%, enquanto a cotação de maio23, que já está sendo negociada no Brasil, fechou em queda de 1,03%.
De acordo com os especialistas, a forte queda de ontem foi provocada por um mercado condicionado pela expectativa de boa evolução da safra norte-americana. “Um adiantamento de 11% da superfície é descontado. O tempo estaria acompanhando nos próximos dias. Petróleo e mercados de ações negativos adicionaram fraqueza. Perspectivas de grande recomposição nas safras da América do Sul, transmitem tranquilidade”, diz o analista sênior da TF, Luiz Pacheco.
No Brasil, o clima está favorável ao plantio – o que também influenciou os negócios, diz a Consultoria: “Segundo a empresa de meteorologia DTN, chuvas recentes em áreas de cultivo do País continuam melhorando a umidade do solo à medida que a semeadura avança. O plantio da safra 2022/23 de soja atingiu 1,5% da área estimada, de acordo com levantamento de uma consultoria privada brasileira. O avanço foi puxado pelo Paraná e poderia ter sido maior, não fossem as chuvas frequentes no Estado e a falta de umidade que ainda predomina em outros, disse em nota a consultoria”.
“Preocupações com a desaceleração da demanda chinesa por soja dos EUA também pressionaram as cotações. O Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) disse que 257.547 toneladas de soja foram inspecionadas para exportação em portos do país na semana encerrada em 22 de setembro, queda de 50,44% ante a semana anterior. Do total, 72.133 toneladas tinham como destino a China”, concluem os analistas de mercado da TF.