Porto Velho
Porto Velho terá primeira cirurgia de tumor de boca com técnica de biópsia por congelação
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A primeira cirurgia de tumor de boca – com o uso da técnica de biópsia por congelação, em Porto Velho, será feita no próximo domingo (10), em ambiente ambulatorial. A técnica possibilita o diagnóstico de tumor de boca no momento da cirurgia.
O procedimento será realizado em um paciente pelos cirurgiões bucomaxilofaciais Fabricio Guimarães de Souza, também médico, Moacyr Tadeu Vicente Rodrigues, estomatologista e pelo patologista Arlindo Aburad, doutor em Patologia pela USP (Universidade de São Paulo) e pioneiro na técnica de biópsia por congelação em tumores de face no Brasil.
Guimarães explica que o procedimento cirúrgico “delimita o tamanho de tecido que vai ser removido da boca do paciente, evitando assim mutilação desnecessária”. Rodrigues afirma que essa é a técnica mais adequada de tratar esse tipo de lesão. No caso do paciente, o tumor detectado foi o de lábio inferior.
De acordo com Aburad, há muitos casos em que os tumores de maxila e de mandíbula podem parecer simples lesões inflamatórias, mas não são. Para Aburad, o dentista precisa estar sempre atento com essa questão. “É preciso fazer exames preventivos ou até mesmo biópsia no paciente para diferenciar lesões mais sérias, que precisam de tratamento mais invasivo, de outras que podem ser tratadas de forma mais simples”, avalia.
Segundo ele, esses procedimentos evitam que tumores sejam diagnosticados tarde demais, “o que sempre é pior para o paciente”. Ele afirma que, apenas desta maneira, o paciente terá a certeza do diagnóstico correto para o tratamento adequado.
O patologista afirma que os exames preventivos de boca são essenciais para pacientes quando percebem quaisquer alterações internas ou nos lábios. “Muitas pessoas ainda têm receio de fazer exames preventivos de boca por medo do diagnóstico. Mas o temor muitas vezes é pior do que a própria lesão, já que afasta o diagnóstico precoce e o tratamento adequado para maiores chances de cura”, ressalta. O patologista diz que, na maioria das vezes, essas alterações são benignas e não provocam danos mais sérios. “Mas isso somente pode ser verificado após a realização desses exames preventivos”, alerta.
Assessoria