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Ariquemes

Ponte arrastada por rio há 4 meses é reconstruída e estrada rural tem tráfego normalizado em Ariquemes, RO


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A ponte de madeira sobre o rio Branco, arrastada pela correnteza em fevereiro deste ano, foi reconstruída pela Secretaria Municipal de Obras e Serviço Públicos (Semosp) e o tráfego de veículos na Linha C-65, foi normalizado no final da tarde de terça-feira (4), em Ariquemes (RO), no Vale do Jamari.

Por conta do intenso período chuvoso, o nível do rio subiu em grande quantidade, fazendo com que a ponte ficasse completamente submersa. Com a enchente, as tábuas que serviam para a travessia de veículos, não resistiram à força das águas e foram levadas pela correnteza no dia 11 de fevereiro.

A ponte fica a cerca de três quilômetros da área urbana do município, mas como não podiam passar pelo local, os moradores que vivem do outro lado do rio precisavam percorrer mais de 15 quilômetros para dar a volta pela Linha C-70 e BR-364, até chegar na cidade.

No mês de março, o secretário da Semosp, Edson Kerr, relatou que seria necessário construir uma nova ponte no local, pois a estrutura que restou aparentemente não tinha possibilidades de ser reaproveitada e que as obras só poderiam ser iniciadas quando o nível do rio abaixasse em grande quantidade.

Pilares da ponte não foram afetados e puderam ser reaproveitados — Foto: Reprodução/Rede Amazônica

Pilares da ponte não foram afetados e puderam ser reaproveitados — Foto: Reprodução/Rede Amazônica

Mas com o término do período chuvoso e a diminuição do nível do rio, a Semosp observou que não seria necessário realizar uma licitação para a construção de nova ponte.

“O rio estava cheio, as águas estavam bem altas e não tinha como ver a base da ponte, para saber como estavam os pilares da estrutura. Quando as águas abaixaram, a gente percebeu na fiscalização que dava para reaproveitar a estrutura e começamos os trabalhos”, explicou.

Conforme o secretário, a licitação para construir uma nova ponte custaria aos cofres públicos do município cerca de R$ 400 mil. Mas com a ajuda de alguns empresários e madeireiras, a ponte foi reconstruída com recursos próprios da Semosp.

“Trocamos a maioria das vigas, os balancinhos que estavam podres e foi colocado madeira de primeira. A estrutura em si, estava toda boa, trocou pouca coisa. Fizemos o travamento da ponte, que ficou melhor e mais segura do que antes e todo o prancheado foi trocado”, detalhou.

Problemas causados pela falta da ponte

Em março, ainda sem a ponte, moradores e trabalhadores de propriedade rurais se arriscavam em fazer a travessia passando por tábuas colocadas nos pilares que restaram da estrutura. Mesmo sem nenhum tipo de proteção e na base do improviso, muitas pessoas passavam pelo local.

“Se não fosse passar por essas tábuas improvisadas, a gente teria que dar uma volta de aproximadamente 40 quilômetros para chegar na fazenda. A travessia balança tudo quando a gente passa”, disse na época o administrador de empresas Joaquim Veiga.

O presidente da associação dos produtores rurais da localidade, José Martins, comentou que os agricultores estavam tendo prejuízos por não conseguirem escoar e comercializar os produtos, por conta da intrafegabilidade da estrada.

“Os principais problemas estão na retirada da mercadoria. O pessoal leva as hortaliças para uma feira itinerante na cidade, mas sem a ponte estão perdendo as mercadorias. Assim, eles têm prejuízo e o consumidor sem um produto de qualidade”, frisou.

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