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POLIOMIELITE: Porto Velho intensifica ações de imunização contra o vírus


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A Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) está intensificando as ações de imunização da Campanha Nacional contra a Poliomielite e Multivacinação em todas as unidades de saúde do município. A campanha, que encerraria no último dia 9 de setembro, foi prorrogada até o dia 30 pelo Ministério da Saúde em todo o Brasil.

Erradicada em 1989, a poliomielite, também conhecida como pólio ou paralisia infantil, é uma doença causada pelo vírus chamado poliovírus. O poliovírus ataca o sistema nervoso central e periférico e, nos casos mais graves, pode causar a paralisia dos membros. Ela é uma doença contagiosa de grau elevado e que pode ser facilmente transmitida de pessoa para pessoa de forma muito rápida.

Crianças menores de cinco anos estão mais suscetíveis a contrair essa doença, que também pode acometer adultos. A única forma de prevenção é a vacinação. Graças à vacinação, a pólio foi eliminada das Américas em 1994, sendo o primeiro continente do mundo a alcançar esse resultado.

Mas essa conquista pode ser perdida se o índice de cobertura de vacinação continuar tão baixa quanto está hoje, longe do ideal de 95%, conforme preconiza a Organização Mundial de Saúde (OMS).

Em Porto Velho, cerca de 50 mil crianças estão aptas a receberem a vacina em uma das 20 unidades de saúde presentes nas áreas urbana e rural da capital. Destes 50 mil, apenas 26% receberam o imunizante este ano, o que torna preocupante a reintrodução do vírus no país. O Brasil é atualmente um dos países das Américas mais vulneráveis a despertar um novo surto devido a baixa cobertura de vacinação, que tem reduzido drasticamente a cada ano.

De acordo com a gerente de imunização, Elizeth Gomes, a baixa procura pelo imunizante envolve uma série de fatores que levam as pessoas a procurarem cada vez menos uma dose de proteção contra a doença.

Cerca de 50 mil crianças estão aptas a receberem a vacina em Porto Velho“Isso não é um fato que só ocorre aqui em Porto Velho, isso acontece no Brasil inteiro. Primeiro, o descrédito das pessoas em relação à vacina. Segundo, o fato de acreditar que os casos de pólio não podem voltar só porque a doença foi erradicada. Terceiro, a procura pela vacina contra a covid-19, fez com que a procura por outras vacinas baixasse consideravelmente, além do medo de um efeito colateral”, destacou Elizeth Gomes, do Departamento de Atenção Básica (DAB) da Semusa.

Recentemente, o governo de Nova York, nos Estados Unidos, decretou estado de emergência depois que o vírus foi identificado em amostras da água de esgoto que cruza a cidade. Guiné-Bissau, no continente Africano, também enfrenta o surto da doença.

“Isso é muito preocupante, o Ministério da Saúde decretou estado de alerta vermelho para o Brasil com o intuito de vacinar indiscriminadamente todas as crianças contra a pólio”, completou.

No esquema vacinal contra a pólio, as crianças devem tomar cinco doses no total: a injetável aos 2, 4 e 6 meses de vida, uma dose das famosas gotinhas aos 15 meses e a outra aos 4 anos de idade.

Superintendência Municipal de Comunicação (SMC)

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