Agronegócios
PISCISHOW & AVISULEITE: Esclarecimentos necessários – Por Antônio Oliveira
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Olá amigos e empreendedores das cadeias do peixe, das aves, do suíno e do leite, na região do MATOPIBA e no Brasil: um grande abraço e votos de prosperidade, neste 2020.
Desde novembro do ano passado, novos fatos desagradáveis e alheios a nossa vontade, envolvendo os eventos PISCISHOW e AVISULEITE, obrigou-me a tomar decisões e a informá-los. Mas é o tipo de informação que, neste caso, tememos arranhar imagens e reputações, principalmente as minhas, representadas pelas marcas Cerrado Rural Agronegócios – com seus 17 anos de existência e bons serviços prestados à região onde nos inserimos, via de regra, ao Brasil -, os eventos supracitados; meu nome, na condição de empreendedor; a imagem, neste caso, do Tocantins – enquanto sociedade civil e econômica – e, por fim, a imagem destas quatro cadeias produtivas neste estado.
Mas, como homem público, na condição de comunicador social, empreendedor e ativista do desenvolvimento social e econômico, sou alvo das atenções e cobrado por informações.
Isto posto, vamos a elas, mas antes uma breve história dos eventos em questão. Dai-me a honra de sua leitura.
PISCISHOW e AVISULEITE são frutos do meu ideal de promover, integrar, capacitar e atrair investidores para essas quatro cadeias produtivas que têm, no MATOPIBA, tudo para transformar a região em grande produtor dessas proteínas animais, graças ao seu potencial para a produção de grãos; boas condições naturais para essas culturas; localização privilegiada, no coração do Brasil, e um projeto de uma das mais eficientes logísticas de transporte do Brasil.
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O PISCISHOW foi concebido entre os anos de 2013 e 2014 e sua primeira edição proposta para ocorrer na cidade de Barreiras, no Cerrado baiano, parte integrante do MATOPIBA, um dos maiores pólos de desenvolvimento econômico, graças aos agronegócios de grãos e fibra. Porém, a contraposta que me fizeram mataria o evento logo no seu nascedouro. Fizeram pouco caso, também. Recusei e fiz a mesma proposta ao então prefeito de São Desidério, Demir Barbosa, outro pólo de produção agrícola e um dos maiores produtores de pescados de cativeiro da Bahia. O projeto, depois de explanado a este executivo, fora aceito de imediato, com uma condição: que eu o fizesse conjuntamente com a Feira de Agricultura Familiar do Município, ajudando o Sindicato Rural na organização deste evento. E assim foi feito, com excelentes resultados para os dois segmentos, inclusive sendo um divisor de água na piscicultura da região e com uma curiosidade cômica: assessores do então prefeito de Barreiras fizeram um serviço de espionagem durante toda a realização dos dois eventos.
O então prefeito de São Desidério, assumiu e foi muito digno e pontual com nossos eventos.
No ano seguinte, recebi proposta daqueles mesmos gestores públicos de Barreiras para que fizesse o PISCISHOW e o recém criado AVISULEITE neste município, conjuntamente com outro evento da prefeitura. Aceitei, mas no decorrer da organização conjunta, lances de amadorismo, desorganização e promoção pessoal, a poucos meses da realização dos eventos, fizeram-me a romper a parceria. Corria o risco de queimar a mim e os eventos. E não dava mais tempo para a realização em outra cidade ou estado.
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O projeto dos eventos visa a promoção do MATOPIBA. Em 2016, fiz proposta ao governo do Tocantins, por meio da então Secretaria do Desenvolvimento Econômico e do Conselho de Desenvolvimento Econômico do Estado (CDE), que enviaram nosso projeto e proposta para a assembleia geral do CDE e defendidos nela por mim e pelos então secretários do Desenvolvimento Econômico e presidente do CDE, Alexandre de Castro, e pelo então secretário da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Clemente Barros – ambos, presidente e conselheiros deste fundo de desenvolvimento. Proposta aprovada por unanimidade e eventos realizados em julho de 2017 em Palmas, com resultados positivos que extrapolaram as fronteiras tocantinenses. Dinheiro público/privado recebido, aplicado com austeridade e prestação de contas aprovada.
No final deste mesmo ano, quando elaborávamos o projeto para 2018, o então secretário Alexandre de Castro me ligou, convidando-me a fazer nova proposta para o CDE, “o governo tem interesse, mas precisa ser provocado”, disse-me. Assim o fiz e tive a proposta aprovada, novamente, por unanimidade, com a observação, registrada em ata pelos conselheiros: “devido ao sucesso e retorno positivo, da edição passada dos eventos, para o Tocantins, aprovamos, por unanimidade, este aporte…”. O aporte foi quase o dobro do da edição passada para atender minha proposta de crescimento dos dois eventos.
No mês de abril daquele ano, quando estava tudo pronto, na área das palestras, mesas redondas, cursos, etc.; faltando apenas a montagem da estrutura e campanha publicitária, o governador de então, Marcelo Miranda, fora cassado. Ascendeu ao cargo o então presidente da Assembleia Legislativa, Mauro Carlesse. Nomeado novo secretário da pasta do Desenvolvimento Econômico do CDE, Dearley Khun, este reconheceu o compromisso feito pela pasta e pelo Conselho e nomeou uma equipe para trabalhar conjuntamente com a organização do PISCISHOW & AVISULEITE. Houve, inclusive, uma proposta para eu realizar os dois eventos durante a Agrotins ( a feira de tecnologias para os agronegócios do Tocantins). Recusei, pois seríamos abafados pela grande expressão que é, atualmente, esta feira.
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Faltando mais ou menos dois meses para a realização dos eventos, o secretário me chamou para avisar que o governo do estado havia recebido uma norma do Tribunal Regional Eleitoral do Tocantins (TER), proibindo o envolvimento do governo em qualquer evento com aporte de recursos públicos. Em comum acordo, marcamos os eventos para novembro daquele mesmo ano, isto é, após as eleições. Mas outra norma do TRE fazia a mesma proibição, liberando o governo para eventos e publicidade só após a posse do governador eleito em outubro. Cancelamos os eventos e o “amarramos” para o junho de 2019.
Mauro Carlesse é eleito e nomeia como secretário do Desenvolvimento Econômico e, consequentemente, para o CDE, um secretário e um subsecretário vindos do estado de Goiás, respectivamente¸ Ridoval Darci Chiareloto e José Arimatéia Viegas Martins – Ari. Em conversa com o novo secretário, este desconheceu o aporte feito pelo CDE e ainda me tratou mal. Passei a despachar com o subsecretário, renitente, mas, após se inteirar sobre o meu trabalho e da importância dos eventos, convenceu o titular a levar o compromisso da pasta e do CDE à frente.
Mas o problema é que, havia se instalado em Palácio, na figura do chefe de gabinete, Divino Allan Siqueira, uma espécie de primeiro-ministro. Ele age como governador e é quem toma as decisões finais de todas a secretarias de estado e autarquias. Pegou meu projeto, assim como todos os outros que estavam para ser encaminhados para pagamento pela Secretaria da Fazenda e o enrolou, “sentou-se sobre ele”, indevidamente, pois era decisão unânime e soberana de uma assembleia. Não tinha nada que passar mais por mãos de governador, muito menos pelas mãos de um chefe de gabinete ou primeiro-ministro. Se houvesse esta necessidade, a função e decisões dos conselheiros seriam inúteis.
À um mês da realização dos eventos e este processo ainda estava sobre a mesa do incompetente e mal intencionado senhor, que, atualmente, quer cair de paraquedas numa das cidades do Jalapão, por meio de uma candidatura a prefeito, onde a população não o conhece. Prevendo o pior, cancelei os eventos. Lá se foi, também, um compromisso garantido a nós pelo governador Mauro Carlesse
Em novembro do ano passado, já com os dois referidos titulares conscientes da importância dos eventos, tive uma conversa com o subsecretário (titular na prática), Ari, e ficou acordado que eu elaborasse outro projeto para os eventos de 2020. Eu o fiz e, antes de protocolá-lo junto ao CDE, o levei à apreciação prévia do subsecretario. Este por sua vez submeteu nosso projeto às equipes técnicas (pessoal da atração de investimentos) e ao Jurídico, que deram parecer favorável e no último dia de sua gestão – pois pedira demissão, assim como o titular, um mês antes -, o Ari me chamou em gabinete, relatou que o projeto estava dentro dos conformes e que eu pudesse protocolá-lo no CDE para posterior apreciação e votação dos conselheiros. E numa atitude digna, de grandeza e de humildade, me pedira desculpas pelo ocorrido no ano anterior.
Mas preferi esperar que o governador nomeasse outro secretário. Isto feito, este, o empresário Tom Lyra, até então alvo das minhas mais profundas admiração e consideração, me liga um dia após sua nomeação e me chama para uma conversa em seu gabinete. Conversamos bastante e ele justificara que havia me chamado para, “em nome da secretaria que assumia, te pedir desculpas pelo o que fizeram com você na gestão passada”. Trocamos “juras” de compromissos e parcerias em prol do desenvolvimento do Tocantins.
Ficou dele analisar o projeto junto ao governador e depois me daria um sinal para que eu o protocolasse junto ao CDE para apresentação e votação em assembleia ordinária deste Conselho.
Não demorou muito, a coisa começou a ficar duvidosa até que, pressionado por mim, o Tom Lyra me chamou e disse que estava planejando um grande evento para março de 2020, envolvendo a Indústria, o Comercio, o Turismo e os meus eventos. Seria um pavilhão para cada. A princípio concordei, embora achasse muito precipitado, em dezembro, planejar e organizar grandes eventos para três meses à frente.
Não demorou muito para minha ficha cair: o secretário teve parecer – digamos, indevidamente -, contrário do chefe de gabinete e primeiro-ministro e começou a enrolar o meio de campo, “fazer a gata parir”. Tom Lyra não me deu o direito de protocolar o meu projeto e proposta, submetendo-os a votação de um conselho soberano e consciente, conhecedor do meu trabalho e dos objetivos e resultados do meu trabalho.
Caiu a ficha e eu pulei fora, antes de novos prejuízos morais, psicológicos e financeiros. É uma gente sem palavra, sem compromisso, não confiável. Uma gente que passa e o Tocantins e seus verdadeiros líderes e empreendedores ficam.
Findaram, de forma irresponsável, uma saudável parceria de 17 anos, com bons resultados de norte a sul no Estado. Parceria que nunca se locupletou ou teve más intenções. Trataram-me como aventureiro e isto eu não. Se têm aventureiros nesta relação, eles não estão na minha empresa.
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O leitor pode estar perguntando: “Por que toda esta dependência do governo?”. E eu explico: Tocantins é um estado rico apenas por natureza, cheio de oportunidades, mas com uma iniciativa privada, principalmente nos caso dessas quatro cadeias focos dos eventos em tela, ainda sem cacife para altos investimentos promocionais. O Estado ainda é o grande parceiro e fomentador de iniciativas de desenvolvimento e promoção de seu desenvolvimento. E não é favor que faz e o fundo, público/privado, existe para isto.
Por fim, desde esta decisão, estamos articulando a realização dos dois eventos num dos três outros estados da região do MATOPIBA para novembro próximo. Se é que eu acho muito em cima e arriscado esta data, porque os poderes públicos e a iniciativa privada fazem seu planejamento, incluindo recursos para promoções, um ano antes.
O PISCISHOW & AVISULEITE não são aventuras, são projetos sérios e comprometidos com as causas que defendem e promovem. Idem, este empreendedor que vos escreve.
Prefiro para o ano que vem. Mas, dentro dos próximos dias, estarei divulgado esta data, cidade, estado e local.
Obrigado a todos pela atenção, compreensão e apoio que sempre dispensaram ao nosso trabalho, ao longo dos últimos quase 20 anos.
Fonte: http://cerradoeditora.com.br/cerrado/piscishow-avisuleite-esclarecimentos-necessarios/