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Mato Grosso

PF mira advogados na Bahia; operação teve delator bilionário de MT


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A Polícia Federal realizou nesta quintafeira a Operação Patronos que teve como alvo pelo menos três advogados de Salvador. Há suspeitas de que esses profissionais estiveram envolvidos em um esquema relacionado às decisões de desembargadores do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA).

A ação é um desdobramento da conhecida Operação Faroeste, que investiga um amplo esquema de corrupção no Judiciário baiano, envolvendo magistrados e advogados.

Na Operação Faroeste, são vários os delatores e um dos principais personagens é o megaprodutor rural de Mato Grosso, Nelson Vigolo, que é dono do grupo Bom Jesus e recentemente deixou uma recuperação judicial de R$ 2,6 bilhões.

Ele fechou um acordo de colaboração premiada em que se comprometeu a devolver R$ 20 milhões. Já o advogado dele, Vanderlei Chilante, se comprometeu a pagar outros R$ 5 milhões.

Vigolo e Chilante são de Rondonópolis, mas são suspeitos de comprar decisões judiciais em disputas por terras, possivelmente envolvendo grilagem naquele Estado. O empresário e o advogado teriam pago R$ 1,5 milhão a um juiz e R$ 4 milhões a uma desembargadora do TJBA para obter decisões favoráveis.

R$ 37 milhões

Agentes federais cumpriram três mandados de busca e apreensão, tanto em endereços residenciais quanto em locais de trabalho dos suspeitos. A PF solicitou o bloqueio de aproximadamente R$ 37 milhões em bens relacionados aos advogados envolvidos.

Além disso, determinou a suspensão do levantamento de cerca de R$ 7 milhões. O montante estava vinculado aos processos em que foram proferidas as decisões investigadas.

A Ordem dos Advogados do Brasil na Bahia (OAB-BA) se manifestou sobre o caso e destacou a importância de uma apuração profunda e rápida das condutas apontadas. A entidade reforçou o princípio da presunção de inocência e afirmou que acompanhará o processo para garantir o respeito às prerrogativas profissionais dos advogados envolvidos.

Os investigados na Operação Patronos poderão responder pelos crimes de corrupção ativa, corrupção passiva e lavagem de capitais. Até o momento, os nomes dos envolvidos não foram divulgados.

 MidiaNews

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