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Pesquisa qualitativa encomendada pelo MDB fortalece pré-candidatura de Tebet


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Uma pesquisa qualitativa encomendada pelo MDB, apresentada ontem à Comissão Executiva do partido, fortaleceu a pré-candidatura à Presidência da senadora Simone Tebet (MS) e, ao mesmo tempo, criou mais dificuldades para a negociação da terceira via unificada. Em linhas gerais, a pesquisa captou a impressão de eleitores que se declararam sem candidato definido para a eleição de outubro ou que admitem ter um nome em mente, mas podem mudar de opinião ao longo da campanha. Entre as conclusões do levantamento está a constatação de que Tebet tem o perfil do candidato que esses eleitores procuram.

Tebet acompanhou a reunião da Executiva, na sede do partido, em Brasília. O resultado da pesquisa — de consumo interno e realizada em todo o país — não foi divulgado, mas o Correio apurou que, no relatório final, ficou constatada uma “desesperança” de eleitores em relação à situação do país e aos candidatos que lideram as sondagens de intenção de votos. “Existe um desejo de mudança, mas ninguém quer uma aventura”, disse um dos participantes do encontro.

Para esses eleitores consultados, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda é bem lembrado pelas políticas sociais de seus governos, mas as denúncias de corrupção que marcaram o período petista não foram esquecidas. Em relação ao presidente Jair Bolsonaro (PL), a percepção foi bem ruim: ele foi considerado “despreparado”, “desorganizado” e “incompetente”.

Mas o que animou a pré-candidata foi a conclusão do relatório. O item “Diagnóstico” apontou que “as percepções favoráveis revelam que Simone Tebet consegue atrair o interesse para saber mais sobre sua história, suas realizações, sua personalidade, suas posições e proposições como aspirante ao cargo de presidente da República”. Outra conclusão é de que a baixa rejeição dela abre espaço para conquista de mais eleitores, diferentemente do pré-candidato do PSDB, João Doria (SP). O maior problema apurado é que a pré-candidata é praticamente desconhecida do eleitor comum.

Satisfeitos, os emedebistas deixaram a sede do partido ainda mais fechados com a senadora, independentemente das negociações da terceira via, hoje quase limitadas a um acordo com o PSDB. Também houve pouco espaço, na reunião, para quem defende uma aliança com Lula, capitaneada pelos caciques dos estados do Nordeste. Com relação a Bolsonaro, nenhuma manifestação de apoio foi registrada.

“A pesquisa demonstra claramente que o eleitor está em busca de uma alternativa aos polos (Lula x Bolsonaro) que seja uma novidade, mas com trajetória política, que é exatamente o perfil da Simone”, disse um animado Baleia Rossi (SP), presidente da legenda, ao fim da reunião. “O palanque emedebista está consolidado”, sentenciou.

 

Correio Braziliense

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