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Pesquisa mostra que 87% da população brasileira considera proteger o coração do idoso com diabetes uma prioridade


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Infartos do coração e acidente vascular cerebral (AVC) são a principal causa de morte em pacientes com diabetes tipo 2. Apesar desse fato, pouco se discute sobre os cuidados para evitar as doenças cardiovasculares em pessoas com diabetes e mais de 65 anos. Nessa faixa etária, a doença cardiovascular mata mais que HIV, tuberculose e câncer de mama na população mundial. Até 80% dos pacientes com diabetes tipo 2 morrem em decorrência de problemas cardiovasculares.

Essa realidade vista nos consultórios médicos e ambulatórios em todo o país ainda está distante do cotidiano dos brasileiros. Para mudar esse cenário e tornar os cuidados com o coração da pessoa idosa com diabetes uma prioridade, sociedades científicas médicas, associações de pacientes e indústria se uniram para criar o “Movimento Para Sobreviver” (www.movimentoparasobreviver.com.br).

Entre os participantes estão as ONGs (organizações não governamentais) Associação Diabetes Brasil (ADJ), Associação Nacional de Atenção ao Diabetes (ANAD), Instituto Lado a Lado Pela Vida, Rede Brasil AVC, as sociedades médicas Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) e as farmacêuticas Boehringer Ingelheim e Eli Lilly do Brasil.

O diabetes compromete a absorção de glicose no corpo e, entre as várias consequências dessa alteração no organismo, está o aumento do risco de doença cardiovascular. Para Dr. Oscar Dutra, presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), é comum o diabetes estar associado a hipertensão, fator que colabora para o surgimento de problemas cardiovasculares. “O paciente com diabetes tipo 2 tem alta propensão de doença coronária (angina), infarto do miocárdio, AVC e insuficiência cardíaca”, esclarece o cardiologista.

Os custos com doenças cardiovasculares consomem a maior parte dos gastos com o diabetes, chegando a 42% do total. Estima-se que 39% desses custos são direcionados ao tratamento de infarto do miocárdio nessa população, e 23% para insuficiência cardíaca. “Tratar o coração da pessoa idosa com diabetes é evitar custos decorrentes de internações e tratamentos de alta complexidade. É permitir que se mantenha saudável, convivendo com a família e com os amigos”, pontua o Dr. Fadlo Fraige Filho, endocrinologista e presidente da ANAD. 

Pesquisa inédita nacional do Instituto Datafolha mostrou que uma parcela da população brasileira conhece a relação entre as doenças cardiovasculares e o diabetes. Porém, ainda há muito por ser trabalhado. “Disseminar conhecimento, informação de qualidade e engajar as pessoas a cuidarem dos seus pais, avós e parentes idosos com diabetes é uma questão de sobrevivência”, diz Marlene Oliveira, presidente do Instituto Lado a Lado pela Vida.

O lançamento do “Movimento Para Sobreviver” acontece nesta terça-feira (24/07), às 20h30, no Rio de Janeiro, com uma ação de conscientização que vai fazer o maior coração do Brasil bater: o do Cristo Redentor. Por consequência da falta de cuidado adequado, a doença aumenta o risco de infarto do miocárdio e AVC. A intervenção alerta para os riscos cardiovasculares na pessoa idosa com diabetes.

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