Acre
Pesquisa aponta que 32% de pessoas entrevistadas em Rio Branco estão com o nome no Serasa
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Uma pesquisa feita com 290 pessoas em Rio Branco apontou que 32% dos entrevistados estão com o nome no Serasa. O levantamento foi feito pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Acre (Fecomércio-AC) no mês de março deste ano.
Em outro balanço, realizado em setembro do ano passado, o número de pessoas de Rio Branco com nome sujo era de 54%.
O estudo identificou ainda que 64% dos entrevistados têm dívidas com período de até seis meses. A pesquisa apontou também que 19% da população têm pagado apenas as contas consideradas como essenciais, enquanto 12% deixam pendente de um mês para outro.
Uma funcionária pública, que preferiu não se identificar, disse que começou a dever depois que pagou apenas o valor mínimo do cartão de crédito e, desde então, não conseguiu quitar a dívida por completo.
“O cartão veio R$ 1,6 mil, paguei o mínimo e depois não consegui mais pagar o valor total, de lá pra cá só aumentou e agora estou devendo mais de R$ 4 mil. A gente não deve porque quer, a verdade é que a gente vive mesmo só para pagar as contas”, desabafou.
E os cartões parecem ser mesmo os vilões de quem está com o nome sujo atualmente. A autônoma Solange Gomes conta que usou um cartão de um benefício federal para comprar R$ 4,5 mil em móveis.
De inúmeras parcelas, ela conseguiu pagar apenas três. Isso há cinco anos. Hoje, ela tenta se organizar e o nome sujo impacta diretamente no seu negócio.
“Eu tinha um limite de R$ 5 mil e comprei R$ 5 mil. Mas, só consegui pagar até o terceiro mês. Um dia desse quando fui ver já estava em R$ 8. Eu pretendo pagar, mas no momento não tem como. É ruim porque a gente fica sem crédito e acaba atrapalhando meu negócio”, reclama.
Já Marinês Holanda, também autônoma, descobriu há pouco tempo que estava com o nome sujo. Segundo ela, nem sabe o que fez com que o seu nome ficasse restrito.
“Na semana passada fui tentar tirar um móvel no crediário e disseram que meu nome está negativado. Antes disso, eu nem sabia e também nem sei onde procurar isso, porque que eu me lembre não fiquei devendo nada”, garante.