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Pernas doem ao andar: Pode ser doença arterial periférica!


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O que é doença arterial periférica?

A doença arterial periférica é um problema circulatório comum no qual artérias estreitadas reduzem o fluxo sanguíneo para os membros. Quando a pessoa desenvolve doença arterial periférica, suas extremidades (geralmente as pernas) não recebem fluxo sanguíneo suficiente para atender sua demanda e isso ocasiona sintomas.

Quais são as causas da doença arterial periférica?

A doença arterial periférica é frequentemente causada por placas de gordura (aterosclerose) que se acumulam nas paredes das artérias. A aterosclerose afeta as artérias em todo o corpo, mas quando ocorre nas artérias que fornecem sangue aos membros a condição é chamada de doença arterial periférica. Menos comumente, a causa desta doença pode ser uma inflamação dos vasos sanguíneos, lesões nos membros, anatomia incomum de ligamentos ou músculos ou exposição à radiação.

Os fatores que aumentam o risco de desenvolver doença arterial periférica incluem fumo, diabetes mellitus, obesidade, pressão alta (hipertensão arterial), níveis elevados de colesterol, idade maior do que 50 anos e história familiar de doença cardiovascular. Pessoas que fumam e/ou têm diabetes têm maior risco de desenvolver doença arterial periférica devido à redução do fluxo sanguíneo.

Quais são as principais características clínicas da doença arterial periférica?

A doença arterial periférica é um sinal de acúmulo mais disseminado de depósitos de gordura nas demais artérias do corpo. Essa condição pode estar também reduzindo o fluxo sanguíneo para o coração, para o cérebro e para outros setores do organismo, sem que isso tenha sido percebido.

Embora muitas pessoas com doença arterial periférica possam ter sintomas leves ou ausentes, outras sentem dores nas pernas ao andar, as quais diminuem ou mesmo cessam se a pessoa interrompe a caminhada (claudicação intermitente). Os sintomas de claudicação intermitente incluem, além das dores musculares, cãibras nas pernas ou nos braços desencadeadas pela atividade e que desaparecem após alguns minutos de descanso.

A localização da dor depende da localização da artéria estreitada ou entupida. A panturrilha é o local mais acometido. A gravidade da claudicação varia amplamente, desde um leve desconforto até uma dor debilitante. A claudicação intermitente severa pode dificultar a caminhada ou a realização de outros tipos de atividades físicas.

Os demais sinais e sintomas da doença arterial periférica incluem episódios dolorosos em um ou em ambos os quadris, coxas ou músculos da panturrilha após certas atividades, como caminhar ou subir escadas; dormência ou fraqueza nas pernas; frieza na parte inferior da perna ou do pé, especialmente quando comparado com o outro lado; feridas nos dedos dos pés, feridas nos pés ou pernas que não cicatrizam, mudança na cor das pernas; perda de cabelo ou crescimento mais lento de cabelo nos pés e pernas; crescimento mais lento de unhas nos dedos do pé; pele brilhante nas pernas; ausência de pulso ou pulso fraco nas pernas ou pés e disfunção erétil.

Se a doença arterial periférica progredir, a dor pode até mesmo ocorrer quando o paciente está em repouso ou quando está deitado e pode ser intensa o suficiente para interromper o sono.

Como o médico diagnostica a doença arterial periférica?

Além da história médica relatada pelo paciente, alguns outros recursos que o médico pode usar para diagnosticar doença arterial periférica são: exame físico em que encontrará um pulso fraco ou ausente, sopros que podem ser ouvidos com um estetoscópio, evidência de má cicatrização na área onde o fluxo sanguíneo é restrito e diminuição da pressão arterial no membro afetado.

Além disso, pode comparar a pressão sanguínea no tornozelo com a pressão sanguínea no braço. Pode também pedir ao paciente para andar em uma esteira e fazer leituras antes e imediatamente após o exercício e usar técnicas especiais que associam a ultrassonografia com Doppler.

Ademais, o uso da angiografia com um material de contraste injetado nos vasos sanguíneos lhe permite que veja o fluxo sanguíneo através das artérias. O médico é capaz de rastrear o fluxo do material de contraste usando imagens de raios-X ou ressonância magnética (angiorressonância magnética) ou angiotomografia computadorizada.

A angiografia por cateter, embora seja um procedimento mais invasivo, permite diagnóstico e tratamento ao mesmo tempo. Um exame de sangue pode ser usado para medir o colesterol e os triglicérides e para verificar se há ou não diabetes.

Como o médico trata a doença arterial periférica?

De início, o tratamento para a doença arterial periférica visa dois objetivos principais: (1) gerenciar os sintomas e (2) interromper a progressão da aterosclerose. Esses objetivos podem ser atingidos com mudanças no estilo de vida, especialmente no início do curso da patologia. Se o paciente fuma, deixar de fumar é a coisa mais importante que pode fazer para reduzir o risco de complicações.

Se tiver sinais ou sintomas ostensivos e muito incômodos da doença arterial periférica, provavelmente precisará de tratamento médico adicional, com a prescrição de medicamentos para prevenir novos coágulos sanguíneos, baixar a pressão arterial e o colesterol e controlar a dor e outros sintomas. Se o paciente tiver um coágulo de sangue bloqueando uma artéria o médico pode injetar no local uma droga que o dissolva. Em alguns casos, a angioplastia ou a cirurgia podem ser necessárias para tratar a doença.

Como prevenir a claudicação da doença arterial periférica?

Frequentemente, a pessoa pode minorar os efeitos da doença arterial periférica abandonando o tabaco, exercitando-se, adotando uma dieta saudável, controlando o diabetes, se for o caso, diminuindo os níveis de colesterol e da pressão arterial, se estiverem altos, e mantendo um peso saudável.

Quais são as complicações possíveis da doença arterial periférica?

O paciente que tem doença arterial periférica por aterosclerose também corre o risco de desenvolver uma isquemia crítica do membro, com feridas abertas que não cicatrizam, uma lesão ou uma infecção dos pés ou das pernas. A isquemia crítica do membro pode causar a morte de tecido (gangrena), algumas vezes exigindo amputação do membro afetado.

A aterosclerose que causa os sinais e sintomas da doença arterial periférica não se limita às pernas e pode também ensejar um acidente vascular cerebral ou um infarto do miocárdio.

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