“Perguntem ao PT”, diz Geller sobre reportagem da Record

Após repercussão de uma entrevista veiculada no mês passado, na Rede Record – sobre pagamentos feitos pelos donos do Grupo J&F a executivos – em que o nome do ex-ministro da Agricultura, Neri Geller, foi citado, o parlamentar foi taxativo: “Quem deve explicações é o PT”.

Segundo argumenta o líder da bancada, os áudios são de terceiros. “Estão falando comigo? As possíveis negociações são comigo? Não. Então, por favor. Se houve arrecadação lícita de campanha, isso passou por ordem e determinação do partido da ex-presidente da República, certamente, os fatos devem ser esclarecidos a partir disso”, rebateu.

Inclusive, sobre a Operação Capitu, uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), de março desse ano, reconheceu a irregularidade e o excesso na prisão de Neri Geller. “A falta de completude na verdade pode ser causa de rescisão de acordo ou de proporcional redução dos favores negociados mas, jamais causa de risco ao processo ou à sociedade, a justificar uma prisão provisória”, diz trecho da decisão.

Neri reforça ainda que não há sequer manifestação da Polícia Federal quanto ao indiciamento ou não no caso dos grampos.

“Meu foco é no trabalho! Quem me conhece sabe disso”, declarou Geller, ao reiterar que está à disposição da Justiça.

O federal fez extensa agenda no final de semana percorrendo 7 municípios do Médio-Norte mato-grossense e trouxe o presidente da Funai, Marcelo Augusto Xavier da Silva para prestigiar a formatura de 42 alunos indígenas no curso de Gestão de Negócios do IFMT de Campo Novo do Parecis.

Na semana em que lideranças políticas comemoram a assinatura do TAC com a AGU (para liberação da produção em terras indígenas), a agenda em Mato Grosso foi registrada pelo presidente da República Jair Bolsonaro.

Hoje o parlamentar cumpre agenda em Bom Jesus do Araguaia (998 km distante de Cuiabá) para discutir, em audiência pública, a pavimentação de um trecho de 22 quilômetros da MT 433.