Perder peso pode evitar recorrência da fibrilação atrial

A fibrilação atrial é um distúrbio cardíaco no qual câmaras superiores do coração estremecem caoticamente, causando batimentos cardíacos rápidos e irregulares. Se não diagnosticada ou tratada, aumenta drasticamente o risco de acidente vascular cerebral e insuficiência cardíaca.

Um novo estudo realizado no Herlev-Gentofte University Hospital, na Dinamarca, mostrou que perder peso antes do tratamento para fibrilação atrial pode aumentar as chances de evitar a recorrência do problema. Os resultados do estudo foram apresentados no encontro anual da European Society of Cardiology.

O estudo incluiu mais de 9.200 pessoas na Dinamarca que foram submetidas a um procedimento pela primeira vez para fibrilação foram divididas em cinco grupos. Os grupos foram baseados em seu índice de massa corporal (IMC), uma estimativa de gordura corporal com base na altura e peso: baixo peso, peso normal, sobrepeso, obesidade e obesidade mórbida. Os pesquisadores então compararam as categorias de IMC ao risco de recorrência de fibrilação atrial.

Em comparação com pessoas com IMC normal, a probabilidade de a-fib em um ano foi 19% maior no grupo com sobrepeso, 22% maior no grupo obeso e 32% no grupo obeso mórbido.

O mesmo padrão também foi observado após cinco anos, mostrou o estudo. Não houve diferença no risco de recaída entre as pessoas que estavam abaixo do peso ou com peso normal. As descobertas se mantiveram mesmo depois que os pesquisadores controlaram outros fatores conhecidos por aumentar o risco de a fibrilação atrial voltar.

Para os pesquisadores, esses resultados reforçam que estar acima do peso ou obeso é um fator de risco significativo tanto para a fibrilação atrial quanto para outros problemas de saúde graves, como insuficiência cardíaca, doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) e pressão alta.

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