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Pequenas mudanças no estilo de vida podem reduzir o risco de derrame cerebral


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Você provavelmente tenha algum parente próximo ou distante, ou conhece alguém que tenha sofrido um derrame cerebral. A alta incidência desta doença torna-a comum, porém não por isso menos grave.

O acidente vascular cerebral (AVC), também conhecido como derrame cerebral, é uma doença que afeta os vasos sanguíneos do cérebro. É uma das principais causas de morte e a principal causa de invalidez em todo o mundo. No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, o AVC é a principal causa de morte entre adultos (10% dos óbitos). A maioria dos sobreviventes necessita de tratamentos de reabilitação devido aos danos neurológicos e 70% ficam incapacitados de voltar ao trabalho.

O acidente vascular cerebral ocorre quando um vaso sanguíneo que leva nutrição ao cérebro é bloqueado por um trombo (um tipo de coágulo), interrompendo o fluxo de sangue (chamado de AVC isquêmico) ou o vaso sanguíneo sofre uma ruptura, o que provoca um extravasamento de sangue do vaso (AVC hemorrágico). Nas duas situações ocorre a morte das células nervosas da região do cérebro que deixa de receber o sangue. A função que estas células exerciam é perdida (movimento e sensibilidade de um lado do corpo, articulação da fala, etc.).

Pois esta doença ameaçadora e de prognóstico tão sombrio pode ser evitada ou ter seu risco bem diminuído. É o que diz um novo estudo publicado no dia 6 de junho na revista médica americana Stroke. No estudo foram avaliadas perto de 23.000 pessoas acima de 45 anos que não tinham doença cardíaca prévia. O risco foi quantificado por uma medida de saúde cardiovascular desenvolvida pela Associação Americana do Coração e que consta de sete itens: controle da pressão arterial, não fumar, controle do colesterol, dieta saudável, atividade física regular, controle da glicemia (açúcar no sangue) e controle de peso. Cada item foi quantificado como pobre (zero ponto), intermediário (um ponto) ou ideal (dois pontos). O escore geral de saúde cardiovascular foi categorizado como inadequado para quem atingiu de 0 a 4 pontos, médio para os que tiveram de 5 a 9 pontos e ótimo para os de 10 a 14 pontos.

Os resultados da pesquisa demonstram que cada ponto a mais no escore foi associado a 8% na redução de risco de ter um derrame. Pessoas com escore classificado como ótimo (10 a 14 pontos) têm uma redução de 48% no risco quando comparados com os classificados como inadequados (0 a 4 pontos). Dentre os sete fatores de estilo de vida, a pressão do sangue foi o mais importante em prever a ocorrência de um derrame. As pessoas com pressão arterial ideal têm um risco 60% menor de ter um derrame.

Outro fator de grande importância é o fumo. Pessoas que nunca fumaram ou que deixaram de fumar até um ano antes do estudo ter iniciado têm um risco 40% menor de sofrer um derrame.

Devido a alta incidência de mortes causadas pela doença, assim como as consequências devastadoras resultantes das sequelas neurológicas, a conscientização pessoal para promover mudança de hábitos que afetam o estilo de vida devem ser urgentemente consideradas. Ainda há tempo, o custo é baixíssimo, restrito apenas a um pequeno esforço pessoal. Os fatores interagem entre si, ou seja, não fumar, atividade física e dieta saudável têm efeitos positivos diretos sobre controle de peso, açúcar no sangue, colesterol e pressão sanguínea.

Ao contrário de outros fatores de risco como genética e idade, estes três hábitos (comer de forma saudável, atividade física e não fumar) você é soberano para mudar.

Não morra nem fique incapacitado por um derrame cerebral. Comece já

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