Justiça
Pela 3ª vez, Justiça nega pedido de liberdade a acusado de matar caminhoneiro com pedrada em RO
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A 1ª Vara Criminal de Vilhena (RO) negou novamente o pedido de liberdade impetrado pela defesa de Willians Maciel Dias. Ele é acusado de matar José Batistela, então de 70 anos, com uma pedrada durante a greve dos caminhoneiros. O crime aconteceu na BR-364, em Vilhena, no fim de maio. Esse é o terceiro pedido de soltura em três meses.
O advogado do réu, José Francisco Cândido, informou à Rede Amazônica que vai analisar a decisão judicial para possível recurso. O novo pedido ocorreu na última terça-feira (28) na audiência de instrução de Willians. Na ocasião, duas testemunhas de acusação e uma de defesa foram ouvidas por 50 minutos.
Durante decisão interlocutória, a juíza Liliane Pegoraro Bilharva negou o pedido de liberdade. Segundo ela, nenhum fato novo foi apresentado pela defesa na audiência para que fosse feita a modificação no decreto de prisão preventiva de Willians.
Há dois meses, ocorreu a segunda negação do pedido. Em junho, o pedido de revogação foi infederido pela 1ª Vara Criminal de Vilhena.
Nos próximos dias, a Justiça deve definir se o acusado será levado a júri popular ou não. Willians segue preso desde o início de junho na Casa de Detenção de Vilhena.
Audiência de instrução
Três testemunhas foram ouvidas sobre o caso, no Fórum Criminal da cidade, na audiência de instrução do acusado.
Entre as testemunhas, há um policial rodoviário federal, que atendeu a ocorrência no dia do caso, e um homem que passava pela rodovia que diz ter visto o réu arremessando a pedra contra o caminhão da vítima. Havia ainda mais duas testemunhas do caso, mas foram dispensadas.
A Justiça ainda vai decidir se aceita ou não a tese de homicídio culposo da defesa do réu. Caso o parecer seja favorável ao Ministério Público, que concorda com a conclusão das investigações da Polícia Civil e entende o crime como homicídio doloso – quando há intenção de matar, Willians pode seguir para júri popular.
Entenda o caso
Willians Maciel se entregou à polícia no dia 7 de junho e confessou a autoria do crime, após ter o mandado de prisão preventiva aceito pela Justiça e a foto dele divulgada pela Polícia Civil. Ele é acusado de ter matado o caminhoneiro José Batistela, de 70 anos, na BR-364. Era o último dia de greve dos caminhoneiros.
José Batistela morava com a esposa e um filho em Jaru (RO), região central de Rondônia. Momentos antes de ser atingido por uma pedra, ele havia acabado de sair de um posto e carregava madeiras para o Mato Grosso.
Segundo as investigações da Polícia Civil, a pedra foi arremessada de baixo para cima por uma pessoa que estava em um carro, no sentido contrário da pista. O réu também é caminhoneiro e estava insatisfeito com o final da greve da categoria.