Saúde
Peixe: De olho na qualidade
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Todo mundo reconhece os benefícios no consumo do pescado. Uma carne muito rica nutricionalmente e de fácil digestão que possui um perfil lipídico de alta qualidade (gorduras saudáveis), fonte de vitaminas A, B e D e de minerais como cálcio e fósforo. Algumas espécies ainda são fontes de ômega 3, uma gordura essencial na nossa dieta. Mas se os benefícios são indiscutíveis, os riscos também rondam a iguaria. Entre eles, estão as fraudes – você pode estar comprando um produto pelo rótulo e está levando um outro de valor econômico inferior ao declarado.
Para coibir as possíveis falsificações, o Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (DIPOA) realizou, entre agosto e outubro deste ano, a Operação DNA 2022. Na ação, foram coletadas 122 amostras de espécies de maior valor agregado no mercado, como linguado, merluza, pescada-amarela e surubim.
Conheça os resultados
Ao todo, foram analisadas 122 amostras de diferentes espécies de pescado em 18 estados e no Distrito Federal. Das 105 amostras originadas de estabelecimentos, sob o Serviço de Inspeção Federal (SIF), 103 deram resultados dentro dos padrões, representado uma taxa de não conformidade de 1,9% – a menor desde o início do programa em 2015, quando o índice era de 23% de irregularidades.
Saiba mais sobre os pescados
Mas se o assunto é peixe, alguns outros cuidados são necessários. Você já deve ter escutado que os pescados podem ter uma concentração elevada de metais pesados. E sim, é verdade, mas vamos entender um pouco mais o assunto.
O que são metais pesados
Os metais estão naturalmente presentes no meio ambiente, no ar, nas rochas e no solo. Porém, em consequência da ação humana – por intermédio da exploração excessiva de recursos naturais, da mineração e do descarte incorreto de materiais -, a concentração desses componentes é intensificada no ar, nos mares, nos rios e nos solos, o que contribui para a poluição.
Dessa forma, os metais pesados tendem a entrar em contato direto com animais e vegetais que serão posteriormente colocados no prato do consumidor, e seu consumo em excesso pode prejudicar a saúde. O tema está presente na edição de setembro do ano passado, na Revista PROTESTE.
Sobre a legislação
Em março de 2021, a Anvisa publicou uma nova regulamentação para contaminantes:
a Resolução 487/2021 e a Instrução Normativa 88/2021. Com isso, foram estipulados
novos limites máximos para a presença dessas substâncias nos alimentos. No caso dos metais pesados, a legislação prevê a regulamentação de arsênio, cádmio, chumbo, cobre, cromo, mercúrio e estanho.