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Pastor nigeriano é decapitado por guerrilheiros enquanto ia para a igreja – Por Jarbas Aragão


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A Nigéria vive o conflito religioso mais sangrento do continente africano. Cerca de metade da sua população é muçulmana e os grupos extremistas se multiplicam no país. Além do Boko Haram – que chegou a proclamar um califado islâmico no norte – jihadistas da etnia fulani vem realizando ataques constantes em diversas regiões daquela nação.

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Neste domingo, o pastor George Lifted, da igreja do Evangelho Quadrangular de Ebom, no Estado de Cross River, dirigia-se ao templo quando foi atacado. Ele e um fiel que o acompanhava foram decapitados. É o terceiro caso de pastor que tem a cabeça cortada no estado.Nos últimos meses, 40 pessoas, incluindo mulheres e crianças foram dadas como desaparecidas como resultado do confronto étnico-religioso em Cross River.

Trump quer ação do governo nigeriano

Dados divulgados este mês dão conta que extremistas islâmicos mataram 260 cristãos em outubro. Casas foram queimadas e, em algumas aldeias, as igrejas transformadas em mesquitas.

Conforme a International Christian Concern (ICC), ONG que monitora a perseguição religiosa, o Boko Haram acabou se “dissipando” na formação de outros grupos. Há dezenas de ataques sendo feito por membros da etnia fulani, que o governo nigeriano trata como “conflitos étnicos” e nada faz a respeito.

O presidente da Nigéria. Muhammadu Buhari, é muçulmano e da etnia fulani. Seus críticos o acusam de não tomar medidas enérgicas contra os grupos extremistas islâmicos no país.

Pastores e lideranças políticas há muito vem denunciado a inércia do governo em relação ao massacre dos cristãos. Nenhuma ação concreta foi tomada na Organização das Nações Unidas, que convenientemente ignora os casos de perseguição religiosa contra cristãos.

Agora, o presidente Donald Trump decidiu agir. Em maio, quando se encontrou com Buhari na Casa Branca, Trump havia falado sobre a perseguição aos cristãos: “Trabalhamos neste problema porque não podemos aceitar esta situação”, disse, referindo-se aos ataques de jihadistas contra igrejas.

O Departamento de Estado dos EUA enviou representantes para a Nigéria para, entre outras coisas, colher informações sobre a real situação no país. Os americanos querem uma ação mais eficaz do governo nigeriano.

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