‘Passeio de barco pelo Rio Madeira’ é reconhecido como Patrimônio Cultural e Imaterial de Porto Velho

Segundo o texto da publicação, a decisão se justifica por causa do valor histórico e cultural do passeio.

Os passeios acontecem todos os dias, sendo de segunda a sexta-feira, das 16h às 18h e aos sábados e domingos, das 9h às 18h. De acordo com a prefeitura, tendo público suficiente, os barcos saem de uma em uma hora.

A dica para quem ama fotografia é programar o passeio para o horário do pôr do sol e também ficar atento à previsão do tempo para escapar das chuvas.

Com relação ao trajeto, as quatro embarcações que atualmente fazem o passeio turístico saem do porto cai n’água em direção à ponte sobre o Rio Madeira, depois vão até as proximidades da hidrelétrica de Santo Antônio e retornam para o porto, segundo a prefeitura.

“Durante o percurso, ao som de música ambiente, é feita uma breve explanação sobre a história de Porto Velho e também sobre o rio. Todos ainda podem saborear pratos regionais à base de peixes, bebidas e outras iguarias”, informou a prefeitura.

O Madeira é o rio que banha todos os períodos históricos de Porto Velho. Ele foi o fator decisivo para a ocupação na cidade e por consequência criação do que hoje chamamos de Estado de Rondônia.

O rio foi batizado, no território brasileiro, com um nome que faz referência a quantidade de troncos de árvores encontrados em suas águas.

O Madeira apresentava tantas dificuldades para os navegantes que, no início dos anos de 1900, optaram por construir uma ferrovia para não ter que enfrentar seus trechos encachoeirados.

Quando a última tentativa de construção da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré (EFMM) começou, em 1907, Porto Velho surgiu, na beira do Madeira, como novo núcleo de povoamento.

O Rio Madeira abriga 40% de todas as espécies de peixes da bacia amazônica — são mais de 1,2 mil. Todos os rios de Rondônia, em algum momento, desaguam no Madeira.

Ele nasce na Cordilheira dos Andes, entre os territórios boliviano e peruano. Formando um sistema complexo envolvendo quatro rios: o Beni, o Mamoré, o Madre de Dios e o Guaporé.

Sua bacia ocupa uma extensão duas vezes maior a qualquer outra na região amazônica.

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