Agronegócios
País americano vai banir milho transgênico
Compartilhe:
Depois de decidir por banir o uso do herbicida glifosato em suas lavouras até 2024, o México também vai proibir o milho transgênico em seu território. Pelo decreto as autoridades de biossegurança ficarão proibidas de emitir licenças que liberam o plantio de sementes geneticamente modificadas do cereal. Além disso, a ordem é para revogar as autorizações já concedidas para o uso dos grãos transgênicos até 31 de janeiro de 2024.
A medida foi editada no último dia de 2020 pelo presidente Andrés Manuel López Obrador e será feita gradualmente nestes três anos em conjunto pelos ministérios do Meio Ambiente e Recursos Naturais, da Saúde, da Agricultura e Desenvolvimento Rural e pelo Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia. A orientação é que as sementes GM sejam gradualmente substituídas por opções “saudáveis”.
O objetivo do governo asteca seria proteger a diversidade genética no país. Isso porque as evidências científicas levam a crer que o milho é uma planta de origem mexicana, já que a sua domesticação começou de 7.500 a 12.000 anos atrás na área central do México, de acordo com estudo da Universidade de Utah (EUA). Estudos locais mostram que o milho nativo pode ser contaminado por transgênico.
As primeiras tentativas para produção de um milho transgênico começaram ainda na década de 1970. Mas, os pesquisadores só obtiveram sucesso no final da década 1980, quando foi produzida a primeira planta de milho transgênica. As primeiras sementes transgênicas foram liberadas para uso comercial em 1996.
O milho transgênico é aquele que teve seu material genético modificado, pois recebeu DNAs de um ou mais seres que não se cruzariam de formas naturais. A geração de transgênicos busca obter características novas ou melhoradas em relação ao ser vivo original. No Brasil, em 2018, uma área de 15 milhões de hectares foram plantados com milho transgênico, o que representa certa de 89% de todo o milho plantado no país.
Agrolink