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Paccola: CPI encontrou remédios sem “nota fiscal” em depósito de Cuiabá


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Membro da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Medicamentos Vencidos, o vereador Marcos Paccola (Cidadania) afirmou que foram encontrados centenas de itens de Saúde sem nenhuma comprovação fiscal no depósito da Prefeitura de Cuiabá.

Os itens fazem parte do inventário colhido pela comissão e que estão dentro do Centro de Distribuição de Medicamentos e Insumos de Cuiabá (CDMIC). O local é administrado empresa Norge Pharma.

Segundo Paccola, a CPI levantou uma lista com mais de 500 itens, entre eles remédios que estavam com prazo de validade extrapolado. Entre os itens, cerca de 300 não possuem nenhum registro fiscal que consta no sistema do depósito.

“Recebemos um volume muito grande de informações, com uma planilha de mais de 500 itens dos medicamentos vencidos. Mais de 300 itens não constava nenhum dado de nota fiscal”, disse.

A medicação vencida, fazendo uma metáfora, foi apenas a ponta do iceberg de tudo que ainda vai vir à tona

“Ou seja, estava dentro do CDMIC sem saber quem forneceu, proveniente de qual nota fiscal? Realmente foi um trabalho bastante minucioso de toda equipe e conseguimos identificar várias situações”, emendou.

Para o vereador, a ausência das notas fiscais aponta para indícios de outros crimes.

“Podemos dizer que a medicação vencida, fazendo uma metáfora, foi apenas a ponta do iceberg de tudo que ainda vai vir à tona”, afirmou.

Depoimentos contraditórios

O membro da CPI disse, ainda, que a primeira fase de oitivas apontou para diversos depoimentos em contradição com as documentações levantadas pela Comissão.

“Listamos as pessoas que formalmente estavam nos processos de contratação. Nós percebemos as contribuições durante as oitivas, inclusive agora conseguimos constatar o que foi dito em contraditório com o que está formalmente constado nos processo”, afirmou.

Próximos passos e prazos

A segunda fase da comissão, que deve ter início em agosto, irá ouvir mais de 20 pessoas. Entre elas está a ex-secretária de Saúde Ozenira Felix.

“Nessa segunda fase vai ser uma devassa bem grande, vai alcançar muitas pessoas, secretárias e empresas”, disse.

 

Midianews.com.br

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