Saúde
Ovulação tardia: o que é, causas e diagnóstico
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O que é ovulação tardia
É considerada uma ovulação tardia aquela que ocorre depois do período esperado.
A ovulação acontece quando o óvulo é liberado pelo ovário mensalmente, deixando o gameta feminino disponível na tuba uterina para poder ser fecundado por um espermatozóide, gerar um embrião e proporcionar a gravidez.
Segundo a ginecologista e obstetra Ana Paula Aquino, para entender o que é ovulação tardia, é importante lembrar que, quando se tem o ciclo menstrual regulado, de 28 dias, a ovulação costuma ocorrer entre o 14° e 16° dias, ou seja, mais ou menos 14 dias antes da próxima menstruação.
A fase pós-ovulação (fase lútea), costuma ser fixa em 14 dias. Dessa forma, uma ovulação tardia aumenta os dias da fase pré-ovulatória.
Menstruação atrasada pode ser ovulação tardia
A ovulação tardia atrasa a menstruação, levando-a a demorar mais tempo do que o normal para acontecer.
Ovulação tardia pode dificultar gravidez?
A ovulação tardia não compromete a fertilidade feminina a ponto de impedi-la de engravidar. O que acontece, na verdade, é que esse fator pode dificultar a gravidez de uma mulher tentante.
Isso porque, como o ciclo menstrual é irregular com a ovulação tardia, acaba ficando mais complicado para a mulher saber quando é o seu período fértil ou quando ocorrerá a ovulação.
Causas
A principal causa de ovulação tardia é o desequilíbrio hormonal, podendo ser temporário ou a longo prazo, dependendo da causa. De acordo com a ginecologista e obstetra Karina Tafner, alguns fatores que podem levar a um desequilíbrio hormonal incluem:
- Estresse
- Síndrome dos ovários policísticos (SOP)
- Doença da tireoide
- Hiperprolactinemia (aumento no nível de prolactina)
- Medicamentos (como uso prolongado de anti-inflamatórios não esteróides e antipsicóticos)
- Amamentação
- Uso de drogas ilícitas (como maconha e cocaína).
Sintomas
Mulheres com ovulação tardia não apresentam sintomas específicos. No entanto, existem sinais que podem indicar quando a ovulação está acontecendo.
No caso de mulheres que ovulam mais tardiamente, esses sinais da ovulação citados pela especialista são percebidos mais tarde no ciclo do que o esperado.
Para que a mulher consiga identificar se está ovulando tardiamente, ela precisa monitorar pelo menos três ciclos seguidos que demonstram o atraso na ovulação.
“Exames seriados de ultrassom transvaginal para monitorização do crescimento folicular podem informar em qual dia a ovulação está ocorrendo. As avaliações hormonais também podem auxiliar tanto no diagnóstico quanto na causa da ovulação tardia”, indica a ginecologista Karina Tafner, especialista em Reprodução Assistida pela FEBRASGO.
Além disso, a ginecologista Ana Paula Aquino ressalta que a ovulação tardia não é uma doença, ou seja, a mulher pode ter em qualquer momento da vida e pode ser passageiro. Por isso, o ideal é fazer um acompanhamento com um(a) ginecologista.
Tratamentos
O tratamento da ovulação tardia consiste em tratar a patologia que esteja causando este quadro. A síndrome dos ovários policísticos e a hiperprolactinemia, por exemplo, devem ser tratadas junto ao médico para que, consequentemente, melhore o quadro de ovulação tardia.
Além disso, a mudança para hábitos saudáveis é essencial neste momento, como praticar exercícios físicos e mudar a alimentação, a fim de equilibrar os níveis hormonais e melhorar as chances de uma gravidez saudável.
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