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Opinião de Primeira: Mudanças, surpresas, racha que se mantém: Na política, nem tudo acaba quando termina – Por Sérgio Pires


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Tudo acaba quando termina! Parece óbvio. A frase do velho Chacrinha, contudo, não vale para a política. Exemplo: horas antes do final da sua convenção, quando tudo estava certo para o anúncio da chapa tucana, Expedito Júnior teve que mudar seu vice. Trocou o pastor e vereador Edésio Fernandes, que agora volta a ser candidato ao Senado, na coligação PSDB/DEM/PSD/PRB, pelo presidente da Câmara, Maurício Carvalho. Um dos motivos é que, na proporcional, os aliados não queriam competir com Maurício, um nome fortíssimo para a Assembleia. Expedito Neto não aceitava aliar com Maurício, alegando que os candidatos à Assembleia pelo PSD, ficariam sem chance de eleição. Depois de horas de discussão, o novo arranjo foi feito. O assunto só foi fechado na madrugada. Assim, os tucanos vão com chapa pura para a disputa ao Governo, com as duas vagas ao Senado ficando com Marcos Rogério (DEM) e Edésio Fernandes (PRB).  Isso se tudo o que ficou acertado, ainda estiver valendo. Mas não foi a única surpresa. Na manhã do domingo, o candidato do PDT/PSB e outros vários aliados, Acir Gurgacz, anunciou Noedi Carlos, do PSDC, como seu vice. Neodi, que foi presidente da Assembleia; foi vice de Expedito Junior na última eleição ao Governo e tinha anunciado sua retirada da política, decidiu voltar e ser parceiro de Gurgacz. Enquanto isso, no poderoso MDB, o deputado Maurão de Carvalho, ainda não confirmou seu vice. Até o anoitecer desta segunda, havia vários alvos, ao menos entre os mais comentados nos bastidores: o ex vereador Jaime Gazola; o jovem empresário Guto Pellucio; o ex secretário da Fazenda de Confúcio, Wagner Garcia, o ex secretário de segurança, Lioberto Caetano e a vereadora Joelna Holder. Maurão ainda não batera o martelo, até o fechamento desta coluna. E no resto, tudo certo, então? Nada disso. Até o dia 15 próximo (quarta-feira da semana que vem), muita coisa ainda poderá mudar. Ou pode ficar tudo como está. A verdade é que todos os partidos e coligações ainda estão acomodando suas lideranças, numa das eleições mais complicadas dos últimos anos.

A disputa para  Câmara Federal também será acirrada. Os tucanos e seus aliados, vão com pesos pesados como Mariana Carvalho, Lindomar Garçon, Expedito Neto e Lucas Follador. Ieda Chaves, lançada com estardalhaço, desistiu e está fora. A turma do PDT/PSB/PP/PR vem também com uma nominata de políticos com chances reais: Jaqueline Cassol, Luiz Cláudio da Agricultura, Mauro Nazif, Melki Donadon, Cristiane Lopes, Silvia Regina  e Tiziu Jidalias, entre outros. E o MDB?  O maior partido do Estado, se aliará provavelmente ao PODEMOS. Já tem a dobradinha Marinha Raupp e Lúcio Mosquini, muito bons de voto no Estado e deve contar também com Léo Moraes. Ainda tem uma grande relação de nomes de partidos menores, como o ex vereador de Porto Velho, Agnaldo Nepomuceno e a vereadora Ada Boabaid. São só oito vagas…

O ENTRA E SAI DE FÁTIMA CLEIDE

Na quinta, ela saiu. No sábado, entrou de novo. No domingo de manhã, caiu fora. No domingo à noite, retornou à disputa ao Senado. É esse o imbróglio em que se meteu o Partido dos Trabalhadores em Rondônia. A cúpula local decidiu, por unanimidade, se aliar ao grupo político de Acir Gurgacz, que já tem dois candidatos ao Senado: Jesualdo Pires e Carlos Magno. Basicamente, os petistas que assim pensam, acham que só com essa aliança forte poderiam ter chances de eleger alguém. E eles dizem que, nessa condição, poderiam eleger o Padre Ton como deputado federal e Lazinho da Fetagro, para mais um mandato como deputado estadual. A outra ala não quer nada disso. Esse grupo de petistas quer ter candidatura própria ao Governo (mesmo que abra mão da cabeça de chapa a outro partido de esquerda, como o PSOL e o PC do B), desde que Fátima Cleide seja lançada ao Senado. É essa a proposta que tem o aval da presidente Gleisi Hoffmann e do comando nacional petista. Até o final desta segunda, o caso ainda estava em aberto e a ameaça de intervenção do diretório nacional no diretório estadual era iminente. Fátima, na segunda pela manhã, tinha certeza de que estaria na disputa.

 SETE ESTÃO NO PÁREO PELO GOVERNO

Além dos candidatos considerados com mais chances de ganhar o Governo – a surpresa poderia ser, nesse time de Maurão de Carvalho, Acir Gurgacz e Expedito Júnior, o jovem Vinicius Miguel, da Rede – ao menos mais três candidatos, representando os partidos nanicos, já estão no confronto. Como o PT aparentemente não lançará nome próprio e se entrar em coligação fora da liderada por Acir Gurgacz, será apenas com um candidato a vice, ficariam na corrida pelo Palácio Rio Madeira/CPA, outros três representantes de pequenos partidos. O PSL, vem o coronel Marcos Rocha, que foi secretário no governo de Confúcio Moura e que tem, como melhor argumento, ser o nome de Jair Bolsonaro em Rondônia. O PSOL tinha confirmado, desistiu e agora confirmou de novo a candidatura do seu eterno representante, Pimenta de Rondônia. E o PSTU vem com o servidor público Pedro Nazareno. No total, entre os pretendentes, até agora, estão postadas sete candidaturas ao Governo. Três tem chances mais concretas. Um pode surpreender. E os outros três? Certamente serão apenas figurante…

CINCO PRESOS CUSTAM UM ESTUDANTE

Tem futuro um país onde o gasto com um preso é cinco vezes maior do que o custo de um estudante? Os números são de Rondônia, mas podem servir para todas as regiões do Brasil, já que a média é a mesma: cinco por um. No nosso Estado, para manter um preso durante um ano, o investimento/custo necessário está em torno de 25.500 reais. Os quase 8 mil presos no Estado, representam um gasto anual aproximado de 204 milhões de reais. São 17 milhões de reais por mês. Enquanto isso, um aluno nas escolas estaduais custa, no máximo, 5.751 reais, praticamente cinco vezes menos. Sem educação, sem formação, sem oportunidades, o número de presidiários tende a ser cada vez maior e os gastos com eles sempre crescerão,  enquanto a educação ficar num plano secundário. O Brasil é um país complexo e pessimamente administrado. Talvez por isso, 92 em cada 100 trabalhadores com carteira assinada sejam analfabetos funcionais. Trabalham, dão duro, não têm nada a ver com o crime, sendo apenas vitimas dele. Mas jamais irão em frente, com tão baixa formação escolar. Alguém aí ouviu nossos dignos candidatos à Presidência colocar esse tema, em busca de uma mudança radical nesta triste situação  como prioridade em seu programa de governo?

A GUERRA CIVIL SE AMPLIA

Não há qualquer sinal de que os presidenciáveis (exceto nos discursos mais truculentos de Jair Bolsonaro), estejam preocupados ou tenham planos concretos para acabar com a guerra civil imposta por bandidos ao povo brasileiro. Para se ter ideia da tragédia, só nos primeiros sete meses do ano, apenas no Rio de Janeiro, foram registrados nada menos do que 3.500 tiroteios, um a cada hora e meia. Guerra civil, sem dúvida alguma, mas com só um lado tendo armas e proteção de leis espúrias, enquanto suas vítimas padecem, desesperadas, sem saber a quem recorrer.  No país inteiro, apenas até julho, mais de 30 mil assassinatos já haviam sido registrados. O crime organizado toma conta do país, dominando o sistema prisional e investindo em campanhas eleitorais para ter representantes nos parlamentos e Congresso.  O tráfico de drogas só cresce e ainda há sentenças, como uma recentemente, de um juiz de Brasília, que absolveu um traficante internacional, considerando que ela levava drogas para o exterior,  apenas para poder sustentar sua família.  Estamos caminhando céleres para sermos dominados pelos bandidos. Nossos representantes políticos continuam fazendo ouvidos moucos sobre isso.

 LARGANDO NO MEIO DO CAMINHO

Maurício Carvalho  (candidato a Vice Governador); Pastor Edésio Fernandes (disputará uma vaga ao Senado); Cristiane Lopes e Ada Boabaid (candidatas à Câmara Federal) são apenas quatro dos onze, entre os 21 atuais vereadores de Porto Velho que participarão da eleição de outubro. Além desses, outros sete já confirmaram que concorrerão a cadeiras na Assembleia Legislativa:  Aleks Palitot, Elis Regina,  Joelna Holder, Zequinha Araújo, Marcelo Cruz. Jair Montes e Junior Cavalcante. Todos sequer completaram dois anos do mandato para os quais foram eleitos e já estão se aventurando em outra disputa. Num país onde a cada dois anos para tudo, em função de eleições, os vereadores também se sentem no direito de abandonar mandatos pela metade e buscar outros saltos. Nada de novo, porque isso ocorre há anos. Mas isso é correto? Quando o eleitor vai às urnas e escolhe alguém, ele não espera que o seu escolhido o represente por todo o mandato? Todos sabem a resposta, porque ela vale também para deputados estaduais que abandonam suas cadeiras para disputar outras eleições; para deputados federais que fazem o mesmo; para senadores que almejam outros cargos eletivos. Um dia, quem sabe, as leis eleitorais respeitem o desejo do eleitor e impeçam esse troca troca de cargos, no meio dos mandatos.

SÃO 13, MAS NA VERDADE É NENHUM!

Já são 13 os candidatos à Presidência da República, caso se inclua aí o nome do presidiário Lula da Silva, que está cumprindo pena em Curitiba, mas que quer, da cadeia, participar do processo eleitoral, mesmo sabendo que a Lei da Ficha Limpa o impedirá. Há algo de novo no processo? Talvez a grande novidade esteja entre os nanicos, que não têm qualquer chance de chegar lá. O empresário João Amoêdo, do Partido Novo, que tem uma proposta inovadora, contra o uso do dinheiro público (o partido não aceita um só centavo do Fundo Partidário) e contra os profissionais da política, já que a sigla permite apenas uma reeleição, poderia ser uma esperança de mudança. Desconhecido no país, com praticamente nada de tempo no horário eleitoral, Amoêdo vai levar ao menos uma década, junto com seus companheiros, para conseguir se tornar conhecido do eleitor brasileiro. Jair Bolsonaro parece o novo, mas não é. É o mesmo de Lula, só que na extrema direita. A diferença é que Bolsonaro nunca roubou nada, até agora!! Geraldo Alkmin é o candidato com maiores chances. Uniu-se a um Centrão, aí incluído o que de ruim, muito ruim e algo com cheiro putrefato, na política brasileira e vem com um discurso morno, sem nada revolucionário, sem transformações profundas, mas ocupando o maior tempo no horário gratuito, que é o que decide a eleição. Ciro Gomes e Marina são pífios. Um com discurso paranoico. Ela, uma espécie de fantoche das ONGs internacionais, que desaparece nas crises. Quem mais? Pobre do Brasil!

 PERGUNTINHA

Entre os 13 nomes que estão postos para concorrer à Presidência, você tem alguma esperança de que ao menos um deles possa ser o comandante que vai evitar nosso naufrágio?

BLOG: https://www.facebook.com/opiniaodeprimeira?fref=ts

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