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OPINIÃO DE PRIMEIRA: Afinal, por que a pílula que promete a cura do câncer não chega, de graça, a milhares de brasileiros doentes? – Por Sérgio Pires
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Anos depois que o professor e cientista brasileiro Gilberto Orivaldo Chierice criou a pílula contra o câncer (a fosfoetanolamina sintética), o caso ainda está envolvido em controvérsias, mistérios, interesses de grandes laboratórios, envolvimento da Anvisa e até decisão do STF, que proibiu que a nova droga fosse distribuída, mesmo que gratuitamente, como queria seu inventor. Chierice, considerado um dos 100 maiores cientistas do mundo por outro invento, o de um polímetro para próteses à base de mamona, tornando muito menos cara a produção de vários tipos desses equipamentos, morreu em junho do ano passado, sem saber se um dia o brasileiro comum terá acesso à sua pílula. Dezenas de casos de sucesso no combate a praticamente todos os tipos de câncer, foram sendo relatados nos últimos anos. Mesmo assim, médicos especialistas e a Anvisa sempre consideraram a nova droga como uma espécie de placebo, que para nada serve. Não autorizou o uso nem em casos terminais, quando todos os demais tratamentos já não deram certo. Mesmo em casos assim, há depoimentos de sobreviventes que garantem estarem curados. Um dos relatos famosos foi o do pai do apresentador de TV e deputado federal Celso Russomano. Com 86 anos de idade e com dois tipos de câncer (pulmão e ossos), Russomano depôs em seus programas e em vários outros que seu pai tinha melhorado muito e teve a vida prolongada graças à fosfoetanolamina. Ubirajara Russomano, morreu, contudo, dois anos depois. No extremo sul, na cidade de Farroupilha, na Serra gaúcha, ficou famosa a história do menino Pedro Henrique Tecchio, que, portador de leucemia, estava à beira da morte, enquanto sua família pedia socorro e um transplante de medula. Pedrinho, como era chamado, começou a ser medicado com a fosfoetanolamina e, dois anos depois, não tinha mais nenhum sintoma da doença. Não se teve mais notícias dele.
Em Rondônia, o ex governador e então senador Ivo Cassol liderou uma batalha nacional pela liberação da pílula, que ele sempre considerou milagrosa. “Ela cura vários tipos de câncer”, afirmava, com convicção, apresentando dezenas de exemplos de pessoas que teriam sido salvas pela nova droga. Cassol inclusive ficou amigo, próximo ao criador do medicamento e ajudou muitas pessoas em Rondônia e outros estados, enquanto não houve proibição do uso da pílula. O próprio deputado Russomano, a partir do exemplo do pai, também teve uma grande batalha no Congresso pela liberação do remédio. Ambos não tiveram êxito. Até agora, não se sabe como será o fim dessa história, porque ela ainda vai longe!
DILMA LIBEROU, STF PROIBIU!
Dilma Rousseff chegou a liberar o uso do medicamento, mas o caso foi parar no STF, que o proibiu, sob alegação que de que não havia comprovação da sua eficácia, mesmo sem que ele tivesse efeito colateral e seu custo fosse zero para a população, como queria seu inventor. Até hoje se comenta que o lobby dos grandes laboratórios e seu enorme poderio financeiro foram os fatores que barraram a liberação da nova droga. Durante mais de duas décadas, a batalha pelo uso da fosfoetanolamina sintética ainda prossegue, mas sem tanta ênfase como em anos passados. A Universidade Federal do Ceará começou, em junho passado, a testar a pílula do câncer em um grupo de 72 humanos, todos voluntários. Até agora não se sabe os resultados concretos. O que se sabe é que, em muitos casos (alguns deles já na fase final da vida, ou seja, na fase terminal), foram realmente curados. Mas, pelo andar carruagem, os brasileiros que sofrem com essa terrível doença não terão, tão cedo, acesso a esse medicamento que alguns consideram milagroso e outros apena um placebo. Só o futuro e novas pesquisas dirão o que ele é, realmente.
CUBANOS NA BOLÍVIA: MAIORIA NÃO ERA DE MÉDICOS
A Bolívia volta a ser notícia. Pelo menos três questões deram destaque, na mídia, a eventos dos nossos vizinhos. A primeira se relacionada com os médicos cubanos, há pouco expulsos do país, desde que trocou o sistema de governo e Evo Morales foi defenestrado. O novo ministro da saúde, Aníbal Cruz, denunciou dias atrás que dos 702 cubanos que atuavam na área da saúde, apenas 205 tinham diplomas médicos. Os demais faziam serviços técnicos ou administrativos, mas recebiam como se médicos fossem, numa clara ilegalidade. Apenas duas pessoas recebiam o dinheiro e repassavam aos demais. O grosso da verba, como ocorreu no Brasil, ia para o governo de Cuba. O segundo tema foi a confirmação de que a Bolívia rompeu relações diplomáticas com o governo do ditador Nícolas Maduro, da Venezuela. O terceiro evento ocorreu nesta segunda, em Guayamerim, do outro lado da fronteira. Houve uma paralisação geral da cidade, em protesto contra a morte de um dos trabalhadores que faziam a travessia, por barcos, para o lado brasileiro Ele foi morto por um policial civil de Guajará Mirim, no lado de cá da fronteira, numa ação até agora muito mal explicada.
NA AMAZÔNIA É CRIME…
A World Wide Nature (WWF) é uma das maiores organizações do mundo nas questões ambientais. A WWF-Brasil é, sem dúvida, das mais atuantes, principalmente em questões relacionadas com a Amazônia. Junto com o Greenpeace e outras organizações assemelhadas, em nosso país tais grupos têm voz ativa, inclusive usando a mídia mundial para atacar o governo brasileiro, principalmente no último ano, desde que Jair Bolsonaro assumiu o poder. Ele é acusado por essas entidades e todos os seus porta vozes, como um destruidor da floresta, que eles chamam, parecendo apenas de forma equivocada, mas obviamente para desinformar intencionalmente a opinião pública, como “pulmão do mundo”. Sabe-se, há décadas (e eles sabem, é claro!) que os verdadeiros pulmões do mundo são os oceanos. Mas, quando é para avacalhar nosso país, não importa o tamanho da mentira. O fazem até para cooptar autoridades mal informadas (ou mal intencionadas?) como o presidente francês Emmanuel Macron, que tem repetido essa mentira científica seguidamente. Tudo contra nosso país e nossa floresta. Que, sublinhe-se mil vezes é nossa, não deles!
…NA AUSTRÁLIA É “ACIDENTE NATURAL!”
São essas mesmas entidades e a mídia parcial e ideologizada, mundo afora que as apoia, que tratam os incêndios no Brasil, que ocorrem todos os anos, como uma tragédia. Só que fazem ouvidos de mercador para a enorme destruição ambiental que está acontecendo, como o exemplo mais recente, na Austrália, nesse momento. Facciosos e ideológicos, nos tratam como um país que quer ver sua maior floresta destruída. Contudo, fazem questão de destacar, como o faz parte da mídia brasileira também, que a trágica situação australiana (onde já morreram 25 pessoas e meio BILHÃO de animais), é apenas um “acidente da natureza!” Para eles, os incêndios florestais no Brasil foram apoiados e incentivados pelo governo, enquanto a crise na Austrália, centenas de vezes pior, não passa de um “incidente” natural. Lá, onde a destruição continuará por meses, só silêncio e solidariedade. Aqui, a versão deles é bem outra. Dá ou não vontade de vomitar?
ELA CALOU A BOCA DE MUITA GENTE…
Ela começou sob a mira da mídia esquerdista, que tentou transformá-la numa figura caricata, aquela que não deveria ser levada a sério. Suas declarações polêmicas, chegaram a antever um curto mandato à frente do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. Um ano depois, quem debocha é ela, hoje uma das figuras mais populares do governo Bolsonaro, em ascensão e que está inclusive sendo cotada para disputas eleitorais, pela popularidade que tem alcançado. A ministra Damares Alves não fechou a boca. Denunciou a roubalheira feita por seus antecessores; o empreguismo a serviço da politicagem; o fato de não termos sequer um levantamento do número de crianças desaparecidas; denunciou sumiço de aviões que deveriam estar a serviço dos índios, pela Funai e mostrou várias aeronaves, atiradas país afora, apodrecendo, enquanto seus antecessores faziam discursos em favor dos indígenas e seus direitos. Cooptou, é claro, o ódio da esquerda, mas caiu no gosto de milhões de brasileiros do bem. Agora, anuncia para, a partir de 2020, investir mais de 100 milhões de reais na construção de centros do menor, mas não aqueles que os tornam ainda piores quando saem, mas do tipo que lhes darão oportunidade e estudos. Sessenta e dois desses centros serão construídos país afora. Incluindo Rondônia. Não se ouve mais, nem se lê ou assiste nas TVs, aquelas tentativas de tentar diminuir a Ministra. Ela é uma mulher diferenciada. Vai longe!
O GOVERNO SÓ PENSA “NAQUILO!”
Falar em obsessão seria, claro, um exagero! Mas dá para escrever, sim, que é prioridade absoluta, se é que a prioridade em si já não resumisse tudo. Mas esse é o sentimento que se capta dentro do governo Marcos Rocha, quando o assunto é a construção do novo hospital de Pronto Socorro de Porto Velho. Depois se atingir uma meta que se imaginava inatingível, o de acabar com as cenas absurdas e assustadoras dos corredores, garagens e áreas externas do João Paulo II sempre estarem superlotadas de doentes, ali jogados, o secretário Fernando Máximo e sua equipe só pensam naquilo: agilizar o processo para que as obras do hospital comecem com a maior urgência possível. Vários passos importantes já foram dados. O primeiro deles veio direto do chefe: nada será mais importante, nesse 2020 que está iniciando, do que começar a construção do hospital. A forma também já está decidida: será pelo sistema BTS, erguido pela iniciativa privada e entregue ao Estado, através de um longo contrato de aluguel. Os prazos estão correndo. Se não houver novos empecilhos, o Pronto Socorro estará erguido em dois anos, a partir do início das obras. O desafio maior agora é marcar uma data para o começo delas. Daí, só depois de uma concorrência para escolher a empresa que a construirá, sem uso do dinheiro público. Será que veremos o milagre acontecer? Ou seja, em 2022, no máximo até o meio do ano, termos nosso novo hospital com seus 400 leitos e equipamento com o que há de mais moderno, com os 50 milhões de reais doados pelo Tribunal de Contas do Estado? Oremos, pois!
PERGUNTINHA
Há temor real de uma Terceira Guerra Mundial, a partir do que está acontecendo no Irã e no Oriente Médio ou você acha que está havendo muito exagero sobre esse risco?
Sérgio Pires