Religião
O sol da justiça – Por Norbert Lieth
Compartilhe:
“Para vocês que reverenciam o meu nome, o sol da justiça se levantará trazendo cura em suas asas. E vocês sairão e saltarão como bezerros soltos no curral” (Ml 4.2). Uma interpretação profética e de aconselhamento.
Faz muito bem ver o sol nascer nas manhãs de verão, fazendo a natureza despertar – as flores desabrocham, os passarinhos cantam e nos sentamos no terraço para tomar café e apreciar a manhã. E quando, na Europa, os camponeses soltam na primavera os bezerros para o ar livre e o sol, estes pulam e saltam de alegria. Não é sem motivo que se fala de um sol “risonho”. Talvez o brilho do sol também seja o motivo pelo qual os habitantes das regiões mais próximas ao Equador sejam em geral mais alegres e despreocupados. O sol faz bem à alma. Sem o sol, a vida seria impossível na terra.
A vitamina D é gerada numa proporção de 90% na pele e na retina dos olhos por efeito dos raios ultravioleta, o que é particularmente importante logo após o inverno. A carência de vitamina D pode propiciar várias doenças, como câncer, diabetes, distúrbios circulatórios, osteoporose e depressões. Também nisso a Bíblia revela sua veracidade, quando diz: “A luz é agradável, é bom ver o sol” (Ec 11.7).
Quando uma das nossas filhas nasceu prematuramente no Uruguai e os pulmões ainda não estavam bem desenvolvidos, os médicos nos instruíram a deitar a criança todos os dias despida por dez minutos ao sol. Portanto, o sol é algo positivo. Ele traz saúde sob suas asas.
Jesus é o sol da justiça. Ele nos trouxe a saúde plena. Nele, Deus nos presenteou com tudo. Quem nele crê, pode alegrar-se. Com ele começa um novo dia, com ele acende-se a luz, com ele tudo floresce e cresce espiritualmente. Além disso, todos os que creem no seu nome e o levam a sério brilharão em sua justiça quando ele voltar e se rejubilarão diante dele: “Nisso vocês exultam, ainda que agora, por um pouco de tempo, devam ser entristecidos por todo tipo de provação” (1Pe 1.6).
Passamos por sofrimento e tristeza, somos mal compreendidos, talvez hostilizados, e temos medo e dores. Os cristãos são perseguidos, torturados e até mortos. Contudo, depois entram no descanso e na alegria eternos, na glória da luz de Deus (cf. 2Ts 1.6-10). Quando Jesus Cristo retornar, o sol se levantará, a justiça e a cura brilharão e nós saltaremos de alegria no coração.
Alguém disse: “Uma pessoa que crê em Jesus não vive mais ao encontro da morte, mas morre ao encontro da vida”. Todo sofrimento é no máximo o penúltimo evento que nos espera – o último é uma alegria bem-aventurada: “O choro pode persistir uma noite, mas de manhã irrompe a alegria. Mudaste o meu pranto em dança, a minha veste de lamento em veste de alegria” (Sl 30.5,11).
No entanto, o versículo de Malaquias 4 citado acima refere-se primariamente ao futuro de Israel. Antes de tudo, o remanescente de Israel terá de passar pela grande tribulação: “ardente como uma fornalha” (Ml 4.1). No entanto, esse remanescente se converterá e sobre ele se levantará o sol da justiça, trazendo cura sob as suas asas quando o Messias retornar.
Isaías também aponta para esses eventos futuros: “‘O Redentor virá a Sião, aos que em Jacó se arrependerem dos seus pecados’, declara o Senhor. Levante-se, refulja! Porque chegou a sua luz, e a glória do Senhor raia sobre você. Olhe! A escuridão cobre a terra, densas trevas envolvem os povos, mas sobre você raia o Senhor, e sobre você se vê a sua glória. As nações virão à sua luz e os reis ao fulgor do seu alvorecer” (Is 59.20; 60.1-3).
Aqui também se pode recorrer a Romanos 11.26: “E assim todo o Israel será salvo, como está escrito: ‘Virá de Sião o redentor que desviará de Jacó a impiedade’”.
Podemos imaginar muito bem com que intensidade os judeus crentes no Messias ansiarão durante a grande tribulação pela revelação do seu Redentor e, com esta, pelo surgimento do Sol da Justiça com o qual irromperá a nova era do reino messiânico: “Espero pelo Senhor mais do que as sentinelas pela manhã; sim, mais do que as sentinelas pela manhã! Ponha a sua esperança no Senhor, ó Israel, pois no Senhor há amor leal e plena redenção. Ele próprio redimirá Israel de todas as suas culpas” (Sl 130.6-8).
O último capítulo da Bíblia também aponta para o rompimento de um novo dia: “Eu, Jesus, enviei o meu anjo para dar a vocês este testemunho concernente às igrejas. Eu sou a Raiz e o Descendente de Davi, e a resplandecente Estrela da Manhã” (Ap 22.16).
A estrela da manhã anuncia a iminência do nascer do sol, o início de um novo dia. Jesus é tanto a estrela da manhã como também o sol da justiça. Cristo retorna em glória e trará sua luz a este mundo. Naquele dia se rejubilarão os que esperavam sua vinda.
“Aquele que dá testemunho destas coisas diz: ‘Sim, venho em breve!’ Amém. Vem, Senhor Jesus!” (Ap 22.20)