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O significado bíblico da farinha – Por Wim Malgo


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O Segredo: Lições da vida de Elias

No Antigo Testamento lemos sobre cinco tipos de sacrifícios (Levítico 1–5): oferta pela culpa, pelo pecado, pela paz, de holocausto e de cereal. Os primeiros quatro eram ofertas de sangue; o quinto, ao contrário, não continha sangue, pois a oferta de cereal é uma magnífica imagem para a vida santa e imaculada de Jesus. Nosso Senhor Jesus não precisava de sangue de reconciliação para si mesmo, pois ele pôde dizer: “Qual de vocês pode me acusar de algum pecado?” (João 8.46).

Um componente da oferta de cereais é a farinha, a farinha de trigo, o pão. Essa farinha serve de imagem para o ser íntimo de Jesus. A farinha tem um aspecto de maciez, pois a dureza foi eliminada. Os grãos duros do trigo foram triturados no moinho, foram moídos. Com esse processo produtivo tudo se torna “harmonizado”. É uma figura para Jesus Cristo, no qual não havia nenhum temperamento duro. Ele nunca se impôs com aspereza, mas disse: “… aprendam de mim, pois sou manso e humilde de coração” (Mateus 11.29). É por isso que Jesus não tinha distúrbios do ego. Ele não era orgulhoso e nem sofria do complexo de inferioridade. Ele era perfeitamente equilibrado, e Deus quer que você também seja assim como o seu Filho é. Ele tem um objetivo bem determinado para aqueles que seguem a Jesus de todo o coração, isto é, “para serem conformes à imagem de seu Filho” (Romanos 8.29).

Assim, devemos nos tornar iguais a ele e aprender dele. Esse aprendizado, porém, é dolorido, imensamente dolorido, pois somos colocados no moinho e iniciamos o processo de moagem. Muitas vezes eu ouvi filhos de Deus se queixando sobre seus vizinhos maus, sobre familiares, até mesmo sobre seu próprio cônjuge. E muitas vezes precisei responder que aquelas pessoas “más” eram muito necessárias na vida deles, pois ainda havia muita dureza em sua visão e em seu ser, e assim havia pouca coisa visível de Jesus em sua vida – isto é, ainda não havia farinha! Cada filho de Deus deveria ser grato a Deus pelas pessoas difíceis e injustas que ele coloca em seu caminho, para que assim ela seja transformada de acordo com a imagem de Jesus.

A farinha tem um aspecto de maciez, pois a dureza foi eliminada. É uma figura para Jesus Cristo, no qual não havia nenhum temperamento duro.

Ame com o maior cuidado aqueles que mais o oprimem, pois estes fazem aquilo que você não consegue fazer por si mesmo. Eles são instrumentos na mão de Deus, são as pedras do moinho que moem toda a dureza da sua vida. Isso é dolorido, mas é de vital importância. Não é à toa que a Bíblia nos exorta tantas vezes e tão seriamente quanto à nossa santificação. Estagnação na fé sempre significa retrocesso. A Bíblia diz claramente: “Esforcem-se para viver em paz com todos e para serem santos; sem santidade ninguém verá o Senhor” (Hebreus 12.14).

Quando Deus fala em sua Palavra, ele o faz com chocante seriedade. Deus não é justo apenas para o pecador, mas também para o crente. Aquele que aqui escolhe o caminho mais tranquilo, com menos resistência, no outro lado certamente se assustará, pois Deus não faz acepção de pessoas. Aquele que aqui não se dispõe a seguir o caminho de Jesus, o caminho da cruz, nunca poderá entrar para a glória. “O caminho da cruz conduz ao lar”, e somente por meio da cruz.

 

Wim Malgo (1922-1992) nasceu em Maassluis, Holanda. Formou-se no Instituto Bíblico Beatenberg, na Suíça. Fundou a Obra Missionária Chamada da Meia-Noite na Suíça em 1955. Autor de mais de 40 livros, durante décadas suas mensagens bíblicas, proféticas e de santificação, profundas e atuais, transmitiram uma visão clara do plano de Deus e ajudaram inúmeras pessoas em sua vida de fé.

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