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O que veganos e vegetarianos devem saber sobre alimentação?


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O número de veganos e vegetarianos tem crescido ao redor do mundo. Esse estilo de vida, levado por cerca de 80 milhões de pessoas no mundo, já é reconhecido por órgãos de saúde como uma alimentação saudável e uma maneira mais sustentável de viver.

O Ministério da Saúde, que reconhece em seu Guia Alimentar Para a População Brasileira e no Guia Alimentar Para Crianças Brasileiras Menores de Dois Anos que uma dieta vegetariana ou vegana contribui para a sustentabilidade ambiental e oferece uma alimentação equilibrada, desde que os alimentos sejam escolhidos corretamente.

Mas para aderir a essa dieta ou estilo de vida, é muito importante saber quais são os desafios dessa alimentação, os cuidados ao retirar os alimentos de origem animal e também a importância da escolha de um produto de origem vegetal de excelente qualidade para essa mudança. Por isso, a PROTESTE testou duas categorias de produtos destinados para esse público  hambúrguer vegetal e a bebida vegetal de aveia. Veja a seguir o que veganos e vegetarianos devem saber sobre alimentação!

O que é veganismo e vegetarianismo?

Você provavelmente já ouviu falar em veganismo e vegetarianismo ou até mesmo conhece alguém que é vegano ou vegetariano. Mesmo sendo comuns, muitas pessoas ainda têm dúvidas sobre essas formas de alimentação. Aliás, será que tem diferença nesses dois termos?

Veganismo é um estilo de vida no qual os adeptos não comem e nem utilizam nada de origem animal, nem mesmo a carne ou os derivados de animais e produtos que tenham causado sofrimento a algum animal para poder ser comercializado.

Já o vegetarianismo é uma dieta que é dividida em algumas categorias. O ovolactovegetariano, por exemplo, não consome alimentos como carne vermelha, frango, peixe e carne de porco, mas consome derivados como leite e ovos. O lactovegetariano consome apenas o leite e seus derivados. E o ovovegetariano consome apenas o ovo. Os vegetarianos estritos são aqueles que não consomem nada de origem animal, mas não seguem o estilo de vida vegano de não comprar nenhum produto que tenha causado sofrimento animal.

Entenda a crescente adesão ao veganismo e vegetarianismo

Embora esse assunto pareça recente, o movimento vegetariano existe desde o século VI a.C., quando o filósofo grego Pitágoras já defendia a alimentação sem carne por questões éticas e religiosas. 

No mundo dos famosos há diversas figuras importantes que também defendem uma alimentação sem carne, como Lewis Hamilton, Bill Gates, Mike Tyson, Venus Williams, Joaquin Phoenix, Kate Winslet, Jared Leto, Natalie Portman, entre tantas outras.

Só no Brasil existem mais de 30 milhões de vegetarianos, segundo os dados divulgados pela Sociedade Vegetariana Brasileira, levantados pelo Ibope em 2018. Esse número representa 14% da população. Para se ter ideia, seis anos antes do estudo apenas 8% da população se declarava vegetariana.

Os motivos para adesão a essas dietas ou estilo de vida são muitos, eles vão desde questões éticas e religiosas até a preocupação ambiental. Dentre as razões mais atuais está a questão da sustentabilidade.

De acordo com uma pesquisa elaborada pela Universidade de São Paulo (USP), uma dieta mista, composta por proteínas animal e vegetal, já seria capaz de poupar 809 milhões de hectares (Mha), reduzir a emissão de 1 bilhão de toneladas de carbono e economizar 720 trilhões de litros de água. O estudo também descobriu que, à medida que a alimentação prioriza vegetais e exclui alimentos de origem animal, os impactos positivos são ainda maiores. 

Outro estudo realizado pela Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, revelou que é possível reduzir 70% das emissões dos gases que causam o efeito estufa no Brasil com a adoção de uma dieta que exclui parcialmente ou totalmente os produtos de origem animal.

A preocupação ambiental não é o único motivo que tem feito as pessoas aderirem ao movimento vegetariano e vegano em todo o mundo. Uma das motivações mais citadas pelos apoiadores é o fim do sofrimento dos animais. 

Essa é a causa principal do veganismo, que defende que todos os animais devem ser livres e não devem ser tratados como produtos em prateleiras. A questão do sofrimento animal também é relacionada aos testes de produtos e fármacos realizados em animais, assim como o uso de roupas, calçados, acessórios e outros itens que sejam fabricados a partir do sofrimento de animais.

Quais são os desafios da dieta vegana e vegetariana?

Aderir ao veganismo ou ao vegetarianismo é uma escolha de cada um, mas ela precisa ser feita com planejamento alimentar e certos cuidados. A seguir, explicaremos alguns dos principais desafios da dieta vegana e vegetariana, acompanhe:

Deficiências nutricionais

As deficiências nutricionais estão entre os principais desafios. Isso porque as dietas veganas e vegetarianas podem ser deficientes em alguns nutrientes essenciais, como vitamina B12, cálcio, proteína e ferro, por exemplo.

Por isso, é importante garantir que a dieta inclua fontes adequadas desses nutrientes ou tomar suplementos para evitar deficiências. Vale destacar que mesmo pessoas que não fazem dietas restritivas podem ter deficiências nutricionais se não tiverem uma dieta equilibrada. 

Restrições alimentares

Outro desafio dessas dietas são as restrições alimentares. Seguir uma dieta vegana ou vegetariana pode limitar as opções de alimentos disponíveis em restaurantes e supermercados, o que pode dificultar a alimentação fora de casa. 

Embora existam muitos produtos já pensados para quem exclui os ingredientes de origem animal, ainda há uma certa dificuldade em encontrá-los em todos os lugares. Como dissemos, aqui, na PROTESTE, já testamos alguns desses produtos, como o hambúrguer vegetal e a bebida vegetal de aveia.

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Preços elevados

Os preços elevados são outro desafio ao aderir a essas dietas. Mesmo com opções de alimentos sem nada de origem animal, os veganos e vegetarianos enfrentam o desafio dos preços altos ao consumir esses produtos diariamente.

Planejamento alimentar

Por último, o planejamento alimentar é outro desafio para os adeptos a essas dietas. Seguir uma alimentação vegana ou vegetariana pode exigir mais planejamento e preparação de refeições do que uma dieta convencional, o que pode ser um desafio para pessoas com pouco tempo livre ou habilidades culinárias limitadas.

Mas esse também é um desafio para quem não consome carne. É importante lembrar que o consumo de alimentos industrializados, sejam eles veganos, vegetarianos ou de origem animal, merecem atenção na quantidade de gorduras saturadas, sódio e açúcares adicionados. Saiba como fazer escolhas mais conscientes com o nosso guia de bolso da Nova Rotulagem Nutricional. O e-book está disponível no app da PROTESTE.

Suplementação para veganos e vegetarianos

Quando tratamos de dietas restritivas como o veganismo e as diferentes categorias de vegetarianismo, é importante considerar a suplementação em situações que ela é necessária.

Atualmente, existem diversas opções de suplementos específicos para veganos e vegetarianos, que não possuem ingredientes de origem animal em suas composições. Mas é importante saber a necessidade de cada um antes de realizar uma suplementação, assim como ter o acompanhamento de um nutricionista.

 

Qual é a importância do nutricionista?

Assim como a suplementação é importante em casos de deficiência nutricional, o acompanhamento de um nutricionista para uma alimentação vegana ou vegetariana é essencial. 

O nutricionista tem um papel muito importante no acompanhamento nutricional de uma alimentação vegana ou vegetariana, por isso, ao aderir a uma dessas dietas é essencial o auxílio de um profissional.

 

https://minhasaude.proteste.org.br

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