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O que a pandemia nos ensina? – por Luiz Cláudio da Agricultura
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Um minucioso estudo feito pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, em parceria com várias instituições e divulgado em dezembro passado mostra que em tudo que se pesquisou até agora o que realmente como prevenção são as medidas de distanciamento e uso correto de máscara.
Os pesquisadores concluíram que o uso de máscaras reduz em 87% a chance de infecção por SARS-CoV-2. Também mostra que as pessoas que aderem de forma moderada a intensa ao distanciamento social têm entre 59% e 75% menos chances de contrair o vírus. Marcelo Gonçalves, professor da Faculdade de Medicina da UFRGS e um dos coordenadores do estudo, que não tem similar no planeta, diz que embora letal, o vírus é extremamente frágil e pode ser exterminado com água e sabão antes de encontrar “hospedeiro.”
Não existe, então, nenhum questionamento, sobretudo quando se observa a contenção do vírus em países asiáticos que realmente levaram a sério recomendações preventivas. Oportuno observar que isolamento social não é novidade e agora causa estranheza, se torna difícil de praticar porque deixou de ser opcional.
A humanidade alterou hábitos comportamentais quando as conhecidas redes sociais na internet se popularizaram. O avanço tecnológico, a possibilidade de comunicação instantânea de áudio e vídeo facilitou as relações, mas “roubou” de nós oportunidades de tomar um café com amigos, de encontros ocasionais, de longas conversas sem compromisso. A tecnologia tirou de nós muitos abraços, muitos sorrisos, porque nos encontramos a qualquer momento, de maneira virtual. Não precisamos mais procurar amigos e parentes em suas casas. Estão todos aqui, nas redes sociais.
A pandemia piorou as coisas. Agora as pessoas se encontram, mas não se tocam e não é mais possível se alegrar com sorrisos de gente amada, porque máscaras ocultam expressões. O vírus, então, deixa bem claro que os humanos tem uma estranha compulsão para fazer aquilo que não devem fazer. Antes da pandemia era uma opção abraçar, beijar, se “amontoar” em qualquer comemoração e essa liberdade não era valorizada. Agora, quando não podemos, quando é imperativo manter distância, desejamos demonstrar fisicamente nossos sentimentos.
A revista “The Economist” se baseou em estudos e pesquisas para elaborar uma lista das vinte principais mudanças no comportamento humano pós pandemia. A humanidade quer se socializar novamente, mas isso estará fora do novo padrão de comportamento. O trabalho remoto permanecerá, já que o vírus mostrou que esse modelo é eficiente e não influencia na produtividade. Sem deslocamentos, geramos menos poluição, consumimos menos e ficamos menos expostos a riscos diversos.
Estamos aprendendo, da forma mais cruel, que é preciso reavaliar conceitos e valores. Acumular riquezas, exibir produtos luxuosos deixa de ter valor e justificativa. Por conta do vírus, a humanidade se acostuma com mais higiene pessoal e hábitos alimentares saudáveis.
O vírus não faz distinção entre ricos e pobres, raças e crenças. Todos, todos os seres humanos são iguais e o respeito, o amor ao próximo ganha um real significado. O sofrimento de todos potencializa a empatia.
Indefesos, entendemos que o orgulho é um veneno tão poderoso que além de contaminar as virtudes, disfarça outros comportamentos tão ou mais venenosos.
A intolerância humana e o egoísmo abandonam corações e almas. A fraternidade deixa de ser virtude ocasional e todas as diferenças passam a ser respeitadas.
Um vírus, um ser imperceptível, está mostrando à raça humana que a HUMILDADE é o único solo onde as virtudes cristãs florescem.
O desespero, o pânico que milhões de mortes provocam desperta na humanidade o reconhecimento do sobrenatural, da existência de um Deus e a fé absoluta se consolida. Todo o conhecimento humano parece inútil e então os homens e mulheres de todas as nações se curvam em orações. Deus é e sempre será a esperança e verdadeira salvação para todos nós.
“DEUS se opõe aos orgulhosos, mas concede graça aos humildes. Quem se humilha debaixo da poderosa mão de DEUS será exaltado por Ele. 1Pe 5: 5,6”
Luiz Cláudio da Agricultura