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Número de focos de calor quase triplica em RO em menos de 3 meses, aponta Inpe


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O número de focos de calor quase triplicou em Rondônia entre 1º de maio e esta quinta-feira (18). O levantamento é do banco de dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Ao todo, 411 pontos de calor foram registrados em maio. Já em junho, o valor subiu para 1.068. Mas em julho, Rondônia já contabiliza 1.224 focos antes do mês terminar.

Nesses quase três meses, a capital Porto Velho seguiu em primeiro lugar entre os municípios que registraram pontos de chamas pelo estado. Em maio, junho e até esta quinta, a cidade somou 89, 176 e 326 focos de calor, respectivamente.

De 39 municípios que contabilizaram focos de calor apenas em julho, Porto Velho representa 26,6% do quantitativo total, ainda segundo o balanço do Inpe. Na sequência vem Alto Paraíso e Cujubim (119), Candeias do Jamari (95), São Miguel do Guaporé (61) e Buritis (57).

Mas, em comparação com o mesmo período do ano passado, o levantamento do Inpe revela uma leve queda nos focos de calor. Entre 1º de janeiro e 18 de julho de 2018, Rondônia somou 3.335 focos, contra 3.075 apenas em 2019. Isso representa uma diminuição de 8,4%.

Mais seco, mais chances de incêndio

De acordo com o meteorologista Fábio Adriano Monteiro, da Secretaria de Desenvolvimento Ambiental (Sedam), o tempo seco nesta época do ano favorece o surgimento das chamas. “Quanto mais seco, há mais chances de um incêndio descontrolado”, reiterou.

Ainda segundo Fábio, os focos de calor detectados pela Sedam são captados com o limite de uma área de até 30 metros por um metro de largura.

Ao G1, o meteorologista disse que esses pontos aparecem quando há um aquecimento do solo, que podem ou não significar o surgimento de uma queimada.

Meteorologista Fábio Adriano Monteiro. — Foto: Mayara Subtil/G1

Meteorologista Fábio Adriano Monteiro. — Foto: Mayara Subtil/G1

Meteorologista Fábio Adriano Monteiro. — Foto: Mayara Subtil/G1

“Geralmente são queimadas, mas nem sempre. Quando o solo está acima de 47ºC é porque algo está acontecendo. Parte desses focos que captando já é possível ver alguma fumaça”, mencionou.

Fábio disse ainda que os focos captados pelo satélite NPP (Suomi-National Polar-orbiting Partnership) são mais precisos, já que consegue registrar até 10 vezes mais pontos de calor. “Corresponde mais com a realidade”, mencionou o meteorologista.

Queimadas recentes

No início deste mês, um incêndio de grandes proporções atingiu um terreno baldio de Porto Velho. O local afetado fica próximo da Avenida Mamoré, Zona Leste da capital. Não há feridos, conforme a brigada. No total, 15 funcionários da Brigada Municipal trabalharam na região para controlar as chamas. Não houve registro de feridos.

Já em junho, um grande incêndio destruiu ao menos 20 casas e o comércio boliviano sobre o rio Guaporé no distrito de Buena Vista, na fronteira com Costa Marques (RO). Segundo delegado Reinaldo Rei, o incêndio deixou 10 feridos do lado boliviano.

Incêndio de grandes proporções atinge vilarejo de casas e lojas na divisa de Costa Marques. — Foto: Reprodução/Arquivo pessoal

Incêndio de grandes proporções atinge vilarejo de casas e lojas na divisa de Costa Marques. — Foto: Reprodução/Arquivo pessoal

No mesmo mês, um outro incêndio de grandes proporções atingiu um terreno próximo ao Espaço Alternativo, também em Porto Velho. Segundo os bombeiros, cerca de 30 pessoas ligaram para o canal de atendimento 193 denunciando a queimada.

De acordo com a coordenação da Brigada Municipal de Porto Velho, uma equipe de 15 brigadistas também esteve no local com duas caminhonetes, sendo uma moto bomba com capacidade de 200 litros de água e outra de apoio, para auxiliar no controle das chamas. Também não houve feridos.

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