Saúde
Novo exame diagnostica autismo em bebês com 3 meses de vida
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Estudo revela que exame utilizado para diagnosticar epilepsia também pode detectar autismo. (Ilustração: Erika Onodera/SAÚDE é Vital)
Cientistas americanos descobriram uma possível maneira de diagnosticar muito precocemente o autismo: com uma nova forma de interpretar exames de eletroencefalograma (EEG). Oi?
O eletroencefalograma nada mais é do que um teste no qual eletrodos são colocados no couro cabeludo para medir a atividade elétrica do cérebro. Ele é usado, por exemplo, para ajudar a detectar a epilepsia.
No entanto, mesmo resultados normais ou inconclusivos às vezes escondem informações valiosas – por exemplo, para o diagnóstico do autismo. Como pegar essas alterações sutis? Com a ajuda de um algoritmo (uma fórmula de computador), que foi desenvolvido por William Bosl, professor de Informática em Saúde da Universidade de São Francisco, nos Estados Unidos.
Então vamos à pesquisa. Nela, exames de EEG foram feitos em 99 bebês com alto risco de desenvolver autismo, uma vez que seus irmãos mais velhos tinham o transtorno. Outros 89 pequenos com baixa probabilidade de [button color=”” size=”” type=”” target=”” link=””]
manifestar o quadro também passaram pelo procedimento.
Os testes – com direito ao uso daquele algoritmo – foram realizados no período de 3 a 36 meses de idade das crianças. Todas também se submeteram a avaliações de comportamento comumente empregadas em con
[/button]sultas clínicas para confirmar ou descartar a presença do autismo.
Resultado: os algoritmos acertaram o diagnóstico em mais de 95% dos casos aos 3 meses de vida. E, aos 9, o índice beirou os 100%. “Também conseguimos prever a gravidade do transtorno nessa faixa de idade com bastante confiabilidade”, afirmou Bosl, em comunicado.
Segundo Charles Nelson, diretor dos Laboratórios de Neurociência Cognitiva do Hospital Infantil de Boston (EUA) e coautor do estudo, por ser um exame de baixo custo e não invasivo, o EEG seria facilmente incorporado ao checkup dos bebês. O potencial do método, se confirmado com mais estudos, representaria um avanço na medicina, porque normalmente o transtorno de espectro de autismo tende a ser diagnosticados mais tarde, com base em aspectos comportamentais. E isso, claro, atrasa o início do tratamento.