Mato Grosso
Nova ala que será construída em penitenciária de MT com mão de obra de presos deve abrigar chefes de organização criminosa
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Uma nova ala que será construída na Penitenciária Central do Estado (PCE), em Cuiabá, vai abrigar chefes de uma organização criminosa. A obra é resultado da operação que é feita há mais de um mês na unidade prisional.
O objetivo é isolar esses criminosos. “Os que já haviam sido identificados estavam separados e agora estamos fazendo uma nova identificação de outros recuperandos”, disse o secretário-adjunto do Sistema Prisional de Mato Grosso, Emanuel Flores.
Detentos estão sendo selecionados para trabalhar na construção do novo raio.
O novo raio será administrado pelo Grupo de Intervenção Rápida (GIR) mesmo depois que a operação terminar. O objetivo é isolar o comando da organização.
A PCE abriga atualmente 2.250 presos e tem capacidade para 1.050. Antes eram 800 vagas, mas o número aumentou devido às obras realizadas nos últimos 40 dias.
O secretário-adjunto disse que, além das vagas, está sendo feita uma separação. “Estamos separando os presos condenados dos provisórios”, disse.
Operação na maior penitenciária de MT apreendeu eletrônicos, ventiladores, freezers e geladeiras — Foto: Sindspen/MT
Foram feitas mudanças nos procedimentos de visitas e atividades. As novas regras foram publicadas nessa quinta-feira (26) no Diário Oficial do Estado, e valem para todos os presídios de Mato Grosso.
Familiares podem levar até dois kg de comida caseira, para consumir com o preso. Antes eram 6 kg. O preso só poderá ficar com frutas, café e bolachas.
Os presos podem manter na cela agora, cinco jogos de peças íntimas, um par de chinelos, uma toalha. um lençol e um colchonete com 10 cm de espessura, além do kit de higiene pessoal.
O kit pode ter até quatro sabonetes, dois sabão em barra, dois aparelhos de barbear. Uma escova de dentes, quatro rolos de papel higiênico, um shampoo, um desodorante e um creme dental.
Um vídeo mostra o improviso que está mantendo água gelada nos bebedouros coletivos. Os freezeres, que antes ficavam dentro das celas, foram colocados no telhado da PCE, funcionando como caixas d’água refrigeradas.
Um forte esquema de segurança foi montado para as ações do mutirão carcerário. São 30 advogados e 10 juízes foram escalados para analisar os processos.