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No Pantanal, plantas flutuantes prejudicam o trânsito de barcos e moradores


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A Comunidade do Castelo, que fica a 80 km do município de Corumbá, no Pantanal de Mato Grosso do Sul, abriga 25 famílias que dependem do Rio Paraguai como via de acesso. Sem estradas que levam até lá, é o rio que permite chegar à comunidade.

Mas essas pessoas têm encontrado um problema justamente com o rio. São as plantas aquáticas, conhecidas como camalotes e baceiros. Pesadas e firmes, elas acabam se juntando, formando um grande tapete verde e impedindo a navegação.

De acordo com Carlos Padovani, pesquisador da Embrapa no Pantanal, este ano a cheia da região foi fraca, o que dificultou que a água levasse a vegetação. “Esse material fica aprisionado naturalmente naquela região e só com cheias maiores é retirado totalmente”.

A empresa que faz a administração hidroviária do Rio Paraguai disse que já fez três operações de limpeza desde abril deste ano — o que não foi suficiente para remover a barreira natural. A companhia afirmou que o contrato de concessão não estabelece a limpeza do rio, somente a navegabilidade.

Cansados de esperar e enfrentando problemas por conta da navegação limitada, os moradores formaram uma força tarefa para empurrar as plantas em direção ao fluxo normal das águas.

O pecuarista Oseias de Araújo é um dos afetados pelas dificuldades causadas pela baixa navegabilidade do rio. Dono de mais de mil cabeças de gado, ele não consegue levar os animais para o abate desde março. “A gente quer embarcar, mandar para o frigorífico, mas não pode sair”.

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