Acre
No Acre, filhos conseguem incluir sobrenome do pai em documentos após 17 anos
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Após 17 anos sem ter notícias do paradeiro do pai, os jovens Joarlison, Joab e Guilherme, de 24, 26 e 19, respectivamente, receberam uma mensagem pelas redes sociais e começaram a conversar com um homem que estava morando em Minas Gerais.
Foi então que o pai, Horácio Donizete, de 59 anos, decidiu voltar para Rio Branco e reencontrar os filhos.
Na Semana de Conciliação do Tribunal de Justiça do Acre, de 5 a 9 de novembro, eles incluíram o nome do pai no registro de identificação. O reconhecimento de paternidade foi feito na Vara de Registros Públicos da Comarca de Rio Branco.
“No início desse ano, uma amiga dele procurou a gente pelo Facebook, passou o contato e, a partir disso, ficamos nos falando por telefone. Ele queria que a gente fosse visitar ele, mas era muito difícil por conta da nossa rotina. A mulher do meu outro irmão convenceu ele de voltar para cá, quando chegou aqui, a gente foi atrás de registrar”, contou o auxiliar administrativo Joarlison da Silva.
‘Não sabia se estava vivo’
O jovem afirma que ele e os irmão nem sabiam se o pai estava vivo. Ele lembra que foi difícil a infância sem saber do pai, sem os conselhos e o apoio.
“Não só da minha parte, mas também para meus irmão, a parte que mais fazia falta era no Dia dos Pais. Pelo fato de você saber que tem um pai, mas que não teve contato, não saber o paradeiro, nem se estava vivo, faz falta. Quando ele foi embora meu irmão mais novo tinha 2 anos, eu tinha 7 e o mais velho 8 anos, então, a gente não tinha muitas recordações”, disse o filho.
A mãe dos meninos, Dalva da Silva, de 46 anos, conta que registrou os três filhos sem o nome do pai, porque ele tinha ido embora e os filhos estavam sem documentos.
“Ele foi embora e a gente perdeu o contato completamente. Não registrou, porque nunca tinha tempo, aí depois que perdi o contato não tinha como e precisava fazer os documentos dos meninos. Agora, eles se reencontraram e deu tudo certo”, afirma a mãe.