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Neurodivergente: o que é, exemplos e principais dúvidas!


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pergunta “o que é neurodivergente” está presente nos mais diversos meios atualmente. Seja na internet, redes sociais, grupos sociais e, inclusive nas empresas, a atenção sobre o assunto começou a crescer.

Isso porque, a partir dos esforços dessas comunidades, estes temas sociais estão tendo sua importância evidenciada e, assim, abrindo espaços para pessoas que, antes, não teriam acesso aos mesmos.

Esse é só um dos motivos pelos quais é importante entender o que é neurodivergente e como esses indivíduos devem ser incluídos nas empresas, ainda mais para quem atua com psicologia organizacional ou lideranças.

Assim, iremos explicar mais sobre o que é neurodivergente, suas diferenças em relação a outros termos, exemplos, como ter uma empresa mais neurodiversa, entre outros.

O que é neurodivergente?

Neurodivergente diz respeito a condições que fazem com que certos indivíduos tenham um desenvolvimento neurológico específico, Assim, isso faz com que eles encarem o mundo e as situações diferentes do “esperado”

Isso porque, a maioria dos indivíduos segue um desenvolvimento cognitivo que, sem considerar as diferenças individuais, pode ser considerado “típico”. 

Portanto, o neurodivergente, ao ter esse desenvolvimento neurológico diferente, pode não se adaptar às situações vividas por um neurotípico. 

Por isso, o movimento da neurodiversidade procura trazer visibilidade para como essas diferenças não são problemas. Ao contrário, respeitá-las e normalizá-las no dia a dia pode contribuir para ambientes melhores.

Quem cunhou a palavra neurodiversidade foi a socióloga australiana Judy Singer, em 1998, fortalecendo essa mobilização por mais inclusão.

Isso porque, a inclusão de pessoas neurodivergentes é um movimento social necessário. De acordo com o programa Neurodiversidade no Trabalho, da Universidade Stanford, entre 15% e 20% da população mundial é considerada neurodivergente.

Portanto, ao incluir essas pessoas nos ambientes de trabalho e em outros espaços sociais, é possível aproveitar suas potencialidades, gerar inovação e garantir oportunidades mais igualitárias para esses grupos.

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O que é neurotípico?

Neurotípico é o termo usado para caracterizar aquelas pessoas com o desenvolvimento neurológico considerado “normal” dentro de padrões definidos em relação à memória, atenção, cognição e assim por diante.

Neurodivergente e neuroatípico são o mesmo?

Como você conferiu, neurodivergente é a denominação dada àqueles indivíduos com alguma condição que afeta seu desenvolvimento neurológico, fazendo com que reajam de maneiras diferentes a certos estímulos tidos como “normais” por pessoas neurotípicas.

Sendo assim, a palavra neuroatípica é outro sinônimo de neurodivergente. As duas terminações fazem derivam de movimentos contra o capacitismo (discriminação de pessoas com deficiências e defesa de um “padrão” na sociedade). 

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Exemplos do que é neurodivergente

Infelizmente, as condições que caracterizam quem é neurodivergente ainda sofrem com diversos estigmas entre a sociedade. Isso porque, ainda existe a necessidade de ressignificar o que esses termos significam.

Portanto, reunimos informações sobre algumas das condições que compõem a neurodiversidade para que você as conheça melhor.

1 – TDAH 

De acordo com a Associação Brasileira do Déficit de Atenção (ABDA), o TDAH pode ser caracterizado como um “transtorno neurobiológico, de causas genéticas, que aparece na infância e frequentemente acompanha o indivíduo por toda a sua vida”.

Sendo assim, alguns dos seus sinais são:

  • Impulsividade;
  • Inquietação;
  • Desatenção;
  • Dificuldade em organização;
  • Problema em terminar tarefas.

Assim, uma pessoa com TDAH deve contar com apoio profissional para encontrar a melhor forma de ajustar a rotina a esses sinais. 

Com o acompanhamento e as adaptações corretas, esses indivíduos conseguem ter maior qualidade de vida no trabalho e no dia a dia em geral.

2 – Transtorno do Espectro Autista (TEA)

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) está diretamente relacionado ao neurodesenvolvimento caracterizado por padrões de comportamento repetitivos e, sem o diagnóstico precoce, prejuízos na comunicação e interação social.

Assim, indivíduos dentro espectro podem apresentar:

  • Dificuldade em interagir socialmente;
  • Padrões incomuns de comunicação ou padrões repetitivos de fala;
  • Dificuldade em compreender os sentimentos alheios ou demonstrá-los;
  • Incômodo ao sair da rotina ou resistência à mudança de hábitos;
  • Seletividade alimentar.

Ainda, a dificuldade de diagnóstico, principalmente em mulheres, torna difícil afirmar o número de pessoas com TEA. 

Porém, de acordo com o Conselho Nacional de Saúde, estima-se que existam cerca de 2 milhões de pessoas com algum grau de TEA no Brasil, o que evidencia ainda mais a importância de incluir esses indivíduos nas empresas e em outros espaços.

3 – Dislexia

A dislexia é um transtorno relacionado principalmente à aprendizagem e ao desenvolvimento escolar. Isso porque, a condição pode se manifestar em diferentes graus e necessita de acompanhamento multidisciplinar para garantir qualidade de vida e desenvolvimento escolar e profissional.

Assim, alguns dos sinais de dislexia (mais comumente identificados na infância) são:

  • Lentidão na aprendizagem;
  • Dificuldade de concentração;
  • Dificuldade em soletrar 
  • Troca de letras com sons e/ou grafias parecidas.

4 – Síndrome de Tourette

A Síndrome de Tourette é uma perturbação neurológica crônica que faz com que a pessoa apresente determinados tiques (simples ou complexos). Em geral, os sinais costumam aparecer antes dos 18 anos.

Portanto, os tiques podem afetar as habilidades motoras e a fala do indivíduo. Alguns desses comportamentos que caracterizam a síndrome são:

  • Piscar os olhos com frequência e rapidez;
  • Repetir palavras sem controle;
  • Usar diferentes tons de voz;
  • Realizar movimentos repetitivos.

Assim, é comum que esses sinais sejam mais presentes no início da adolescência, podendo ser agravados em situações de alto estresse.

5 – Dispraxia

A dispraxia é uma disfunção neurológica que afeta a coordenação motora, comandada pelo cérebro. Portanto, ela gera dificuldades para controlar os músculos, dificuldades no desenvolvimento do esquema corporal e atraso nas funções motoras. 

Geralmente, é mais perceptível em crianças ao longo de seu desenvolvimento.

Entretanto, alguns outros sinais ajudam a evidenciar a dispraxia, como:

  • Dificuldade em manter o equilíbrio;
  • Problemas com a postura corporal;
  • Dificuldade em ter percepção espacial;
  • Confusão ao organizar os próprios pensamentos.

Em geral, essa doença é relacionada a “crianças muito desastradas”, exatamente porque a dificuldade em realizar movimentos pode gerar essa confusão em realizar um diagnóstico correto sem uma observação mais longa. 

Porém, também é possível que se apresente em adultos, especialmente após um AVC ou traumatismo craniano, por isso o reforço da importância de cuidar da saúde de forma holística.

Para se aprofundar mais no assunto e entender mais sobre a inclusão de pessoas neurodivergentes, em seu Ted, Elisabeth Wiklander explica como encarar a neurodiversidade como uma abertura a maiores de possibilidades muda a nossa visão de mundo.

Confira. Legendas em português estão disponíveis caso necessário.

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