Agronegócios
Neurociência investiga percepção multissensorial do sabor café
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Formato diferente de xícaras, embalagens e cores entre outros predicados alteram a percepção do sabor da bebida
Os cafés considerados de excelente qualidade são os que possuem um conjunto de atributos sensoriais que envolvem fragrância, aroma, doçura, sabor, acidez, corpo e outros desejados pelos consumidores. Para que uma bebida proporcione tais sensações aos seus apreciadores é preciso que o cafeicultor tenha cuidado especial com a lavoura e adote boas práticas agrícolas em todo ciclo da cultura, que têm influência determinante na qualidade dos cafés de um modo geral, inclusive na produção de cafés especiais.
Nesse contexto, o segmento dos cafés especiais tem registrado nos últimos 15 anos um incremento bastante expressivo da demanda em nível mundial, a qual tem crescido quase 10% ao ano, enquanto que os cafés tradicionais (commodity) têm crescido a uma taxa anual de 2%. Café especial é o que atinge, no mínimo, 80 pontos numa escala sensorial de pontuação que vai até 100. Nessa escala são avaliados a fragrância, aroma, uniformidade, ausência de defeitos, doçura, sabor, acidez, corpo, finalização, harmonia, conforme parâmetros adotados pela Specialty Coffee Association of America – SCAA e pela Associação Brasileira de Cafés Especiais – BSCA.
Além desses atributos positivos dos cafés especiais, a revista Negócio Café – Ano 01 Número 03 Setembro de 2018, que está disponível no Observatório do Café do Consórcio Pesquisa Café traz como um dos seus destaques estudos da neurociência capazes de demonstrar o efeito do formato da xícara, embalagens e até mesmo a cor do ambiente na percepção sensorial por parte dos consumidores, o que tem potencial para contribuir ainda mais com o aumento do consumo dos cafés especiais e diferenciados.