Religião
“Não vai ter bunda-mole no céu”, acredita Baby do Brasil
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A cantora Baby do Brasil tem alternado entre a carreira gospel e a secular, voltando a gravar com os Novos Baianos, grupo que a tornou nacionalmente conhecida na década de 1970.
Desde o fim dos anos 1990 ela passou a se chamar de “popstora”, uma junção ‘pop’ e ‘pastora’. Fundadora do Ministério do Espírito Santo em Nome do Senhor Jesus Cristo, explica que optou pelo “Cabelo colorido, roupa louca e uma maneira diferente de interpretar as Escrituras.”
Aos 66, Baby conta que tem vários projetos para este ano. Em breve sairá seu novo CD, com músicas inéditas e lançará também um documentário sobre sua vida. “Também quero escrever um livro chamado ‘Não Vai Ter Bunda-Mole no Céu’. Só casca grossa”, revelou em entrevista à Folha de São Paulo.
Articulada, ela explica que sua postura hoje é totalmente contrária ao estilo de vida comum em sua geração. “A droga detona o ser humano, e a minha geração caiu de cabeça na maconha. Quem poderia imaginar que aquela planta ia deixar as pessoas com menos neurônios? Eu já vi várias pessoas ‘esquizofrenizarem’ e não voltarem nunca. É perigoso? É delicado? É. Você pode dançar? Pode. Vários amigos dançaram”.
A popastora não gosta de ser chamada de religiosa. “Eu sou toda espiritual. Não tem nada de religiosa aqui, viu? É importante explicar. É uma conexão direta com o Criador —essa sempre foi a minha busca. Eu quero falar com Deus direto, não quero balconista. Quero gritar ‘Alô, Pai’ e ouvir o que ele responde.”
Ao falar sobre o novo momento que o Brasil vive, é sincera ao dizer que votou em Marina Silva (Rede) no primeiro turno e optou por não votar, no segundo. “Eu temi muito que a democracia pudesse acabar… Quando vi que o presidente [Bolsonaro] levou aquela facada, eu falei ‘Meu Deus’. Mas pensei: ‘Ele vai ter um encontro com Deus muito forte’. E vi que aconteceu algo dentro daquele homem. Eu tenho confiança de que ele teme a Deus e que vai tomar decisões primeiro falando com Ele. Bendita daquela maldita facada! Hoje, ele pra mim é um homem de Deus, com todos os erros que ele pode ter”.
Ainda falando sobre política, avisa: “Eu amaria ser presidente da República um dia, mas eu jamais seria [risos]. É tanto veneno pra tanto lado que eu não conseguiria viver no meio”.