Rondônia
‘Não sabia que era casada’, diz médico sobre mulher de agente acusado de ataque com soda
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O médico Gladson Siqueira, ferido no rosto com soda cáustica, contou detalhes da relação que ele manteve com a mulher do agente penitenciário Oziel Araújo Fernandes, acusado de jogar o produto corrosivo no médico. O júri do caso acontece nesta quarta-feira (14) em Porto Velho.
Através de vídeo chamada no WhatsApp, a vítima relatou ao Tribunal do Júri que “não sabia do casamento” da mulher com o agente.
“Ela dizia que estava em processo de separação. Ela tirava a aliança nos encontros. Hoje eu sei que ela era casada. Depois de saber que ela era casada, não nos encontramos mais”, afirma.
O médico relatou ao júri que começou a se envolver com a mulher do agente após um falecimento.
“Tudo começou naturalmente. A aproximação se deu a partir do falecimento da mãe da mulher. Foi quando eu dei o primeiro abraço nela”, explicou Gladson, via WhatsApp.
O ataque, segundo relata o médico, aconteceu seis meses após ele terminar a relação extraconjugal e do agente penitenciário descobrir o caso que ele mantinha com a mulher.
Júri
Oito testemunhas devem ser ouvidas ao longo do dia. Três representantes do Ministério Público de Rondônia (MP-RO) acompanham o júri; estão previstas 04 testemunhas de defesa;
Ainda de acordo com a assessoria, mais uma pessoa foi intimada, mas não se tem informação de quem seria.
Ataque
O médico infectologista Gladson Siqueira foi abordado e atacado com soda cáustica dissolvida em água no dia 6 de março deste ano quando chegava para trabalhar no Cemetron, em Porto Velho.
Médico estava chegando para plantão no Cemetron quando foi abordado pelo suspeito — Foto: Pedro Bentes/ G1
A polícia apurou que o agente penitenciário Oziel Araújo Fernandes premeditou o ataque ao médico. Testemunhas disseram que ele chegou de moto e parou ao lado do carro do médico. Após conversarem, ele jogou o produto na vítima, que estava armada e reagiu atirando contra o acusado.
O médico foi socorrido ao Hospital de Base com ferimentos no rosto. Já Oziel foi ferido no ombro e fugiu.
Horas depois ele se entregou na delegacia de homicídios e confessou o crime alegando motivos passionais. Desde então, ele segue preso preventivamente.
No dia 20 de maio, a Justiça decretou sigilo no caso para preservar a intimidade dos envolvidos, levando em conta o suposto caráter passional do crime.