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Mulheres têm mais inflamação nas pálpebras


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Excesso de maquiagem, oleosidade da pele e diminuição da lágrima são os principais gatilhos. Saiba como prevenir.

A mulher brasileira vive mais que o homem segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), mas tem pouco o que comemorar quando o assunto é saúde ocular. De acordo com o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto do Instituto Penido Burnier de Campinas, nas salas de espera do hospital elas predominam. Não é para menos. Um levantamento feito pelo médico mostra que as doenças oculares são 50% maiores na população feminina. Até a blefarite, inflamação das pálpebras, é mais frequente entre mulheres. Isso porque, estão mais expostas às oscilação hormonais que predispõem ao aumento da oleosidade da pele, o olho seco atinge 3 mulheres para cada homem e o excesso de maquiagem pode provocar dois tipos de inflamação na pálpebra.

Um deles é a blefarite seborreica que corresponde a 70% dos casos. O outro é a alérgica que corresponde a 30%.

O oftalmologista afirma que na seborreica a maquiagem associada à oleosidade da pele obstrui as glândulas de Zeiss e Moll que ficam localizadas na borda dos cílios. Por isso,  diminui a produção da camada gordurosa do filme lacrimal e aumenta sua evaporação, facilitando a proliferação de bactérias que desencadeiam o terçol, uma bolinha na raiz dos cílios.

A blefarite alérgica inflama as glândulas de Meibômio que ficam na margem das pálpebras e pode resultar na formação do calázio, uma grânulo duro na borda da pálpebra. Os dois tipos são acompanhados pela síndrome do olho seco. Os principais sintomas são:

  • Inchaço, vermelhidão e dornas pálpebras,
  • Coceira e irritação nos olhos.
  • Queda ou cílios
  • Cílios voltados para dentro.
  • Caspa nos cílios
  • Visão borrada que melhora com o piscar.
  • Sensibilidade à luz

Seleção da maquiagem

Queiroz Neto salienta que mulheres com pele oleosa devem evitar as maquiagens cremosas que contêm óleo na fórmula para diminuir o risco de contrair blefarite. Não quer dizer que a aplicação de sombras em pó esteja liberada.  Isso porque, ressalta, a boa respiração da pele evita a proliferação de bactérias, principal causa da inflamação palpebral. Entre os erros mais comuns cometidos por quem tem pele oleosa, ele destaca o uso de cremes inadequados, dormir maquiada e esfregar as pálpebras vigorosamente. Outros fatores que favorecem o aumento da oleosidade, bactérias e alergia são a poluição, tempo seco, doenças autoimunes e a troca constante da seleção de cosméticos,  destaca.

Tratamento e prevenção

Queiroz Neto salienta que a reincidência da inflamação nas pálpebras é a maior ameaça para a saúde dos olhos. Isso porque, aumenta o risco de infecções oculares, pode causar alterações na superfície da córnea e abscessos na borda da pálpebra – terçol e calázio.

As recomendações do médico para prevenir recidivas da blefarite são:

  • Interrompa o uso de maquiagem nos olhos ao primeiro desconforto.
  • Limpe a pálpebra 3 vezes/dia com solução indicada para blefarite.
  • Aplique nas pálpebras 2 a 3 compressas mornas feitas com água filtrada diariamente.
  • Massageie a pálpebra com movimentos circulares e horizontais duas vezes/semana.
  • Inclua nozes e semente de linha na alimentação.
  • Interrompa o uso das lente de contato caso perceba algum sintoma.
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