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Mulher com Covid-19 volta a respirar após louvar e pedir segunda chance a Deus


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Enquanto estava no estágio mais crítico da infecção pelo novo coronavírus, Djenane Pereira Fernandes Almeida, de 40 anos, buscou socorro em oração quando não conseguia respirar. Ela tem a convicção de que foi Deus quem soprou o ar de volta em seus pulmões.

“Só estávamos eu e Deus naquele momento. Pedi a Ele em voz alta: ‘Me dê uma segunda chance de viver, Senhor’”, disse ela à Gazeta.

Djenane é técnica de Enfermagem e trabalha como cuidadora de idosos na cidade da Serra, no Espírito Santo. Em 21 de maio, na volta do trabalho para casa, ela começou a sentir febre e fez o teste rápido de Covid-19, que deu negativo.

Uma semana depois, ela retornou à unidade de saúde por ainda estar passando mal. Com histórico de diabetes, ela recebeu medicação para o estômago e para as dores, mas seu quadro piorou.

Em 31 de maio, ela voltou ao posto de saúde com a saturação baixa e a visão embaçada, devido à diabetes. No dia seguinte, ela foi transferida para o Hospital Jayme dos Santos Neves, onde teve que ser intubada.

“As minhas dores viraram desespero. Por ser diabética, eu sabia que meu corpo não resistiria a uma intubação. Quando a ambulância chegou para me levar, um funcionário perguntou se eu acreditava em Deus. Eu disse que sim e que, por isso, ficaria tudo bem”, lembra Djenane.

Como profissional da saúde, Djenane sabia que precisaria ser intubada, já que a saturação de oxigênio estava em  53%. Mesmo com o equipamento de oxigênio, ela não recuperou a respiração e precisou mudar de posição na cama do Centro de Tratamento Intensivo (CTI). Foi quando ela pediu uma Bíblia a uma enfermeira.

“Já era madrugada quando eu conversei com Deus novamente, contei que Ele me fortalecia. Sabia que não me deixaria lá, nas trevas”, disse emocionada.

Pela manhã,  Djenane cantou louvores em voz alta, ainda deitada, enquanto aguardava a vinda da médica. Enquanto atendia outros pacientes, a médica se impressionou com a paciente que há poucas horas precisaria depender de aparelhos — sua saturação havia subido para 98%.

“Eu tive que aprender a respirar de novo e  falei com Deus novamente: ‘Daqui eu vou para minha casa’. Eu sou um verdadeiro milagre Dele, nasci de novo. A minha conversa com Deus me fez estar aqui, junto com meus filhos e meus familiares”, disse Djenane.


A técnica de enfermagem Djenane Almeida sobreviveu à Covid-19. (Foto: Geraldo Neto/A Gazeta)

Depois de 8 dias no hospital, Djenane teve alta e se reuniu com os filhos de 15 anos e 17 anos. “Deus me deu dois filhos, lógico que eu tinha que viver para cuidar deles”, afirma.

Ela ainda lembra de momentos no hospital e agradece a Deus por ter superado a Covid-19. “Doente, você precisa das pessoas para tudo. Eu vi gente morta sendo carregada em sacos plásticos pois não tinham conseguido vencer a Covid. Essa doença não escolhe nem negro e nem branco, nem rico e nem pobre, ela não faz diferença se é homem ou mulher. Quando falamos de saúde, todos são iguais e agradeço muito a Deus por tê-la novamente”.

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