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MT: Mauro assina contrato com a Rumo e prevê que obras da ferrovia estadual terão início no 2º semestre de 2022


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Destacando ser um dia histórico, o governador Mauro Mendes (DEM) assinou na manhã desta segunda-feira (20), em Cuiabá, contrato de adesão junto à Rumo Logística S/A para a construção, implantação e exploração de 730 quilômetros da primeira ferrovia estadual de Mato Grosso.

A ferrovia vai interligar os municípios de Rondonópolis a Cuiabá, além de Rondonópolis com Nova Mutum e Lucas do Rio Verde, conectando-se à malha ferroviária nacional, em direção ao Porto de Santos (SP).

“A partir da assinatura do contrato, nós teremos outra etapa importante, que é o licenciamento ambiental. A Rumo já está com os estudos que há alguns anos vem trabalhando, pois sempre teve muito interesse nesse traçado e apostou nisso. A partir da licença ambiental eles têm até seis meses para iniciar as obras. O licenciamento nós temos a previsão de que ele deve demorar em torno de seis meses, para que possamos cumprir as necessidades legais”, disse, durante coletiva à imprensa, momentos antes do evento realizado no Centro de Eventos do Pantanal, que simbolizou ao contrato referente ao trecho entre Rondonópolis e a Capital.

Então, muito provavelmente até o início do segundo semestre de 2022, nós já teremos obras efetivamente acontecendo a partir de Rondonópolis rumo a Cuiabá

“Então, muito provavelmente até o início do segundo semestre de 2022, nós já teremos obras efetivamente acontecendo a partir de Rondonópolis rumo a Cuiabá e a partir de Rondonópolis rumo a Nova Mutum e Lucas do Rio verde”, completou.

Ainda nesta segunda, Mauro realiza atos em Nova Mutum (às 15h) e no município de Lucas do Rio Verde (às 18h). O evento contou com a presenta de senadores, deputados federais, deputados estaduais, secretários de Estado, representantes da Rumo Logística, prefeitos e autoridades dos municípios que receberão o traçado da ferrovia.

A proposta apresentada pela Rumo prevê investimento de R$ 11,2 bilhões para a implantação da ferrovia estadual. Também está previsto o início da operação do trecho entre Rondonópolis e Cuiabá no ano de 2025, enquanto a operação no trecho Cuiabá a Lucas deverá começar em 2028.

“Essas obras, segundo metodologia do BNDES, irão gerar 230 mil empregos de forma direta e indireta, com todas as atividades, que vão desde obra civil em campo, engenharia, planejamento, indústria, fabrica de trilhos e trem. Uma cadeia muito longa que é ativada (…) investimento de mais de R$ 11 bilhões; 100% desses recursos serão privados, então não existe um único real de dinheiro público”, destacou.

“O papel do governo é fazer esse trâmite burocrático, dando segurança jurídica de que nos próximos 45 anos, sendo possível renovar por mais 45, esta empresa poderá explorar todos os serviços correlatos à implantação dessa ferrovia dentro do estado de Mato Grosso”, completou.

“Choque” de desenvolvimento

Análises do Observatório da Indústria da Fiemt apontam “choque” de desenvolvimento na fase de implantação dos trilhos entre o Sul, capital e Médio-Norte do estado. Somente na fase de construção do empreendimento, que contempla 700 quilômetros de trilhos ligando Rondonópolis a Cuiabá e Lucas do Rio Verde, estima-se que a geração de empregos será de pelo menos 162 mil vagas, podendo chegar a 186 mil. Esse total é dividido entre empregos diretos (91 mil a 105 mil), indiretos (35 mil a 41 mil) e induzidos (35mil até 40 mil) – esses últimos são os gerados por conta da melhora da renda das famílias mato-grossenses.

A geração estimada de vagas seria equivalente à atual demanda do Estado, que possui 180 mil desempregados mapeados na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), divulgada no primeiro trimestre de 2020 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A equipe do Observatório também verificou alto impacto na produção e na renda salarial em diversos setores econômicos, como obras de infraestrutura, equipamentos de transporte, construção, desenvolvimento de sistemas, serviços jurídicos, de contabilidade, arquitetura, engenharia, segurança e outros. As estimativas são feitas por meio de uma matriz Insumo-Produto específica para o contexto regional de Mato Grosso, a MIP-MT, ferramenta de análise que tem como referência informações do IBGE.

Com assinatura do contrato, a construção da ferrovia estadual injetará, em princípio, R$ 11,7 bilhões na economia local – valor que pode ser majorado ao longo da execução da obra, dependendo da variação cambial e outros fatores. O modal será utilizado para saída dos grãos para exportação e para conectar a indústria e o comércio de Mato Grosso com o mercado nacional. Dessa forma, além do escoamento da produção agropecuária, a previsão é de que ferrovia também facilite o transporte de uma série de produtos para o mercado interno, indo desde bens de consumo para a população em geral a insumos e matérias-primas para a indústria mato-grossense.

Além da criação total de 186 mil empregos, o volume de recursos que circulará na economia tende a gerar uma onda positiva entre R$ 4,2 bilhões e R$ 4,9 bilhões na renda da população. Desse total, destaca-se que R$ 3,8 bilhões virão da movimentação provocada pelas obras de infraestrutura, R$ 506 milhões serão de serviços especializados de construção e R$ 329 milhões da aquisição de material rodante (como locomotivas e vagões). Os R$ 240 milhões restantes virão de atividades ligadas aos setores de serviços.

 

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