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Mato Grosso

MT é o 6º estado com maior número de casos de assédio sexual no país


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O número de casos de assédio sexual aumentou em 14% no estado, no ano passado. Mato Grosso é o sexto estado brasileiro com maior número de casos de assédio sexual de acordo com o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado na última semana.

De acordo com o levantamento, oram registrados em 2019, 365 casos de assédio contra 320, em 2018.

A defensora pública, Rosana Leite, conta que muitas mulheres não percebem que estão sendo vítimas de assédio e que isso pode ser diário.

“Nós vivemos em um estado extremamente patriarcal, em um estado machista. Os crimes contra a mulher acontecem de forma natural, muitas nem percebem que estão sendo assediadas, que estão sendo importunadas sexualmente e isso acontece diariamente”, afirma.

O delegado, Cláudio Sant’ana, explica o que se enquadra na lei de assédio sexual.

“O código penal exige uma relação hierárquica superior daquele que pratica o assédio. Então, um exemplo: o gerente passa a assediar aquela funcionária que trabalha abaixo dele na empresa, assediando, forçando, fazendo convites. Já teve o ‘não’ e ele ultrapassa essa barreira. Isso passa a ser inconveniente”, afirma.

Quando a gente fala sobre importunação sexual, em 2019 foram registrados no Brasil 8.068 mil casos, um número quase seis vezes maior do que no ano anterior, quando foram registrados 1.341 mil casos.

Em 2018, a importunação sexual começou a ser considerada crime no país.

“A importunação sexual é àquela que venha constranger alguém, praticar ato libidinoso contra a vítima sem a sua vontade”, afirma.

Mato Grosso registrou um caso de importunação ano passado, só nos últimos dias foram três novas denúncias. Uma delas, é de uma funcionária que foi importunada por um cliente enquanto trabalhava. Rosana Leite alerta para que as mulheres não deixem que isso aconteça mais vezes e que denunciem.

“O meu recado é que elas não esperem uma segunda violência em qualquer circunstância dentro ou fora de casa, que elas possam tomar uma atitude imediata. Na defensoria pública, no Núcleo de Defesa da Mulher nós sempre damos crédito a palavra da mulher”, afirma.

G1
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