Agronegócios
MT deve se manter na liderança como maior produtor de milho e soja pelos próximos 10 anos
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Mato Grosso deve se manter na liderança como maior produtor de milho e soja pelos próximos 10 anos, segundo dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Os números fazem parte de uma projeção para a safra 2027/208, divulgada pelo órgão na segunda-feira (6).
Em 10 anos, segundo o levantamento, o Brasil deve produzir uma safra de grãos estimada em 301,8 milhões de toneladas.
O número representa um acréscimo de 29,8% sobre a atual safra, estimada em 232,6 milhões de toneladas. A taxa de aumento anual até o cumprimento da projeção é de 2,5% ao ano.
A produção de grãos deve aumentar 14,9% entre as safras de 2017/2018 e 2027/2028.
Neste período, Mato Grosso deve se manter na liderança de milho e soja. Ao todo, a produção no estado deve passar de quase 32 mil toneladas para pouco mais de 43 mil toneladas. O percentual entre as duas safras é de 33,2%.
Apesar do aumento, a projeção fica abaixo do crescimento ocorrido nos últimos 10 anos no Brasil, que foi de 106,5%.
A expansão da cultura deve acontecer através do uso de terras disponíveis, ocupação de terras de pastagens e substituição de lavouras.
Mesmo na liderança, Mato Grosso deverá perder força nesse processo de expansão de novas áreas. O motivo, segundo a projeção do governo, é o preço das terras que são mais que o dobro nos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, por exemplo.
A produção de milho no estado também deve expandir. Entre as safras 2017/2018 e 2027/2028 o aumento deve ser de 45,5%. A produção no estado deve saltar de 26,7 mil toneladas para 38,8 mil toneladas.
De acordo com Mapa, técnicos que trabalham com a cultura a área deve aumentar mais do que está sendo previsto e, talvez, se aproxime mais do seu limite superior de crescimento.
Projeção do Mapa
Segundo o governo, o trabalho tem por objetivo indicar as direções do desenvolvimento do agronegócio e fornecer material para os formuladores de políticas públicas voltadas ao setor.
“As tendências indicadas permitirão identificar trajetórias possíveis, bem como estruturar visõesde futuro do agronegócio no contexto mundial para que o país continue crescendo e conquistando novos mercados”, diz trecho da publicação.