Direto de Brasília
Movimento de caminhoneiros vai até domingo, diz Bolsonaro
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Na Live desta quinta-feira (9), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse que conversou com caminhoneiros hoje e foi informado que eles vão manter o movimento até o domingo. “É um direito deles. Eu não influencio nessa área. Fui bem claro. Se passar de domingo, passa a ter problemas seríssimos na economia, aumenta a inflação,” alertou. O presidente classificou como “fantásticos” os atos.
Bolsonaro também falou que os protestos de 7 de Setembro foram um sucesso. “Gostaria de ter uma fotografia para o mundo. Parabéns para quem teve a ideia de fazer cartazes em outras línguas,” disse o presidente. Segundo ele, isso ajudou a desfazer a imagem negativa do governo em outros países. “Todos têm que se curvar à Constituição. Sem exceção. Foi uma manifestação pública pedindo legalidade”, afirmou.
Temer
Bolsonaro também defendeu a nota divulgada nesta tarde sobre os atos. Ele afirmou que telefonou para o ex presidente Michel Temer e obteve ajuda dele para elaborar a nota. Ele conta que acatou as recomendações de Temer e publicou a nota. “Muitos estão batendo em mim por causa da nota. Não tem problema nenhum”, disse.
Segundo Bolsonaro, imediatamente após a divulgação da nota, por volta das 15h, a Bolsa de Valores subiu e o dólar, de acordo com ele, caiu 2%. Bolsonaro pediu paciência de seus apoiadores e disse que tem certeza de que bons frutos aparecerão nos próximos dias. “Não vou trabalhar em busca de reeleição”, afirmou.
Voto impresso
Sobre a questão do voto impresso, Bolsonaro disse que as pessoas o perguntam por que ele desconfia das urnas eletrônicas se ele foi eleito por meio delas. “Acredito que tive muito mais votos do que os 57 milhões que estavam ali”, disparou. “Hoje li uma matéria do ministro Barroso dizendo que está aperfeiçoando o sistema eleitoral. Barroso, se está aperfeiçoando é porque tinha brecha… … Se o Barroso anuncia novas medidas protetivas por ocasião das urnas, é porque elas têm brecha.”
O ministro Luís Roberto Barroso tem sido atacado constantemente pelo presidente Jair Bolsonaro, especialmente no debate sobre o voto impresso. Ao abrir a sessão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) desta quinta-feira (9), Barroso afirmou que o sistema eleitoral brasileiro é seguro e foi atestado por “inúmeros observadores internacionais”. “As urnas eletrônicas brasileiras são totalmente seguras. Em primeiro lugar, elas não entram em rede e não são passíveis de acesso remoto. Podem tentar invadir os computadores do TSE (e obter alguns dados cadastrais irrelevantes), podem fazer ataques de negação de serviço aos nossos sistemas, nada disso é capaz de comprometer o resultado da eleição. A própria urna é que imprime os resultados e os divulga. O código-fonte [das urnas] é aberto aos partidos, à Justiça Eleitoral e à OAB, um ano anos das eleições.”
Noticias.r7.com